“Todos os detalhes da experiência de fazer um vestido, desde o momento em que a pessoa chega na loja até a entrega impecável de uma encomenda, eu aprendi na Daslu. E é exatamente assim que sigo atendendo no meu ateliê”, conta ele, referindo-se à experiência personalizada e cuidadosa que oferece. “De fato, circulo nas mesmas rodas das minhas clientes e sou amigo de várias delas. Conheço de perto esse circuito social e isso acaba sendo importante para estabelecer uma relação de cumplicidade com quem atendo”.
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A habilidade de traduzir personalidades em roupas e criar peças impecáveis rendeu a lista extensa de clientes que tem. Por isso que, passada a época mais grave da pandemia – quando ele desenvolveu novos negócios, estudou e trabalhou muito –, a demanda voltou com tudo. Para ter uma ideia, em um único evento, realizado em Marrakesh, em junho, Sandro e sua equipe entregaram nada menos que 108 peças exclusivas. “Um fotógrafo que estava na festa me disse que entregamos uma exposição de molduras e nenhuma estava lascada”, diz ele.
Liana Moraes, diretora do hospital A.C.Camargo Cancer Center e cliente de longa data, conta que o estilista realmente soube captar o seu estilo. “Sandro sempre adequou suas criações ao meu jeito de ser. Digo que ele vai da feira ao baile!”, lembra Liana.
Luciana Tranchesi, que conhece Sandro desde que ele ingressou na loja fundada pela sua mãe, Eliana Tranchesi, falecida em 2012, escolheu o estilista para desenhar o seu vestido de noiva para o casamento com Rafael Luzzi, em março deste ano. “O processo todo foi muito especial e, por ele ter convivido muito com a minha mãe, ambos pudemos senti-la presente nas provas e no dia do meu casamento”.
Atualmente, o Ateliê Sandro Barros encontra-se em franca expansão – antes da pandemia, a equipe era composta por 40 pessoas. Hoje, são 65. Tudo isso sem, claro, perder a qualidade, atenção aos detalhes e busca constante por aperfeiçoamento. Pergunte a ele qual é a sua melhor criação e a resposta será: “A próxima”. Para ele, o efêmero não basta “O meu mundo é o do eterno, de tradições, histórias para contar; não é nada descartável aqui”.
* Reportagem publicada na edição 98, lançada em junho de 2022
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