No topo de uma montanha da Serra da Mantiqueira, cercado por 250 hectares de florestas, o Toriba celebra seus 80 anos desde 22 de janeiro, enaltecendo seus diferenciais históricos (como os afrescos de Pennacchi) e causando frisson com quatro chalés de vidro suspensos a 10 metros do solo, batizados de Ninhos (novidade entre as 60 acomodações).
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Suíte no vagão e música
Uma nova acomodação é aguardada para o segundo semestre: a suíte Expresso Toriba 1943, com 60 metros quadrados, instalada em um carro ferroviário da Companhia Paulista de Estrada de Ferro. “Essa suíte deverá custar R$ 1 milhão”, adianta o diretor Aref Farkouf, arquiteto e sócio do Toriba desde 2014. “O vagão foi uma doação da Rumo Logística, do Rubinho Ometto. Só o transporte custou R$ 150 mil. A restauração externa está quase pronta.”
Aref também sublinha a felicidade de ter arrematado o autorretrato de Fulvio Pennacchi em um leilão ano passado – um óleo sobre cartão (32 x 25,5 cm) feito em 1928, na Itália. A obra passa a integrar o acervo do hotel, com mais de 300 itens, entre esculturas, fotografias e pinturas. Destaque ainda para mobiliários antigos, tapetes orientais e seis pianos de cauda (inclusive um Steinway marchetado, de 1912).
O ano de comemorações conta também com um Toriba Musical especial. Criado em 2014, o calendário de apresentações (direção artística do pianista Antonio Luiz Barker) terá concertos semanais com repertórios diversos: de árias de ópera a bossa nova. Desde 2019, o Toriba Musical faz parte da programação oficial do Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão.
Esporte e gastronomia
A criançada se diverte no Toriba Kids (destaque para o escorregador interno de madeira – existe desde a inauguração, ideia de Luiz Dumont Villares, sobrinho de Santos Dumont). Pets de pequeno porte também são bem-vindos nas acomodações externas.
Nos 80 anos do estabelecimento, os seis restaurantes ganham o reforço da ETC (Escola Toriba de Culinária): do básico a novas técnicas gastronômicas, os hóspedes aprendem (e degustam!) receitas trazidas por chefs convidados.
Lembre-se, então, que caso o garçom chegue à sua mesa e você ainda não viu o cardápio, não será a primeira (nem a última) vez: a “culpa” é dos afrescos – e de toda natureza esplêndida que abraça um dos hotéis mais tradicionais do Brasil.