Entre os convidados, recebidos com comidas típicas americanas, como cachorro-quente e hambúrguer, estavam representantes do governo brasileiro, diplomatas de outras missões, membros das forças policiais do Brasil, empresários, acadêmicos, jornalistas e representantes do terceiro setor, entre outros.
Durante a cerimônia, os fuzileiros navais apresentaram as bandeiras e a Embaixadora fez um discurso, no qual ressaltou as semelhanças entre Brasil e Estados Unidos e objetivos compartilhados entre os dois governos, como combate às mudanças climáticas, promoção da prosperidade econômica, assim como de diversidade e inclusão.
Confira trechos do discurso da Embaixadora, que assumiu o cargo em fevereiro deste ano, a seguir.
Elizabeth Bagley lembrou de quando foi embaixadora em Portugal, há 28 anos, época em que teve seu primeiro contato com a cultura brasileira. “Os vizinhos de quem me tornei mais próxima não eram português, mas brasileiros. Eles me ajudaram a mergulhar em sua incrível cultura, começando pela incomparável música”, disse, citando Caetano Veloso, Tom Jobim, Elis Regina, Gilberto Gil e Chico Buarque. “Tenho ótimas lembranças de ouvir esses artistas na casa dessa família”.
Leia também:
- “Todos estamos envolvidos na jornada da igualdade de gênero”, diz CMO da GM
- “Sempre ajudei na diversidade das festas de luxo”, diz Beto Pacheco
- Inauguração do Boa Vista Village no interior de SP
Outro aspecto da cultura brasileira que foi mencionado por Elizabeth é a hospitalidade do povo brasileiro. “Em minha visita a Salvador, aprendi o significado de hospitalidade. Mas logo depois fui para o Rio, depois vim para São Paulo e percebi que a recepção calorosa não era exclusiva da Bahia – está em todo o Brasil”.
“Não é por acaso que isso foi desenvolvido entre nossos países”, disse Elisabeth, lembrando que tanto o governo Lula, quanto o governo Biden deram “grandes passos” para incluir pessoas sub-representadas no governo e na educação, e para criar mais oportunidades econômicas. “Esses avanços se aplicam não apenas a pessoas pretas, mas também a mulheres, povos indígenas, comunidade LGBT+ e outras”, disse em seu discurso, ressaltando que: “Representatividade importa”.
Outras questões abordadas por Bagley foram: a solução da crise climática, a eliminação da pobreza e o combate à fome. “Muitas vezes, na diplomacia e no governo, lidamos com questões de longo prazo, em que pequenas ações no decorrer do tempo fazem a diferença no futuro”.
A diplomata parabenizou a liderança no Brasil pelo enfrentamento da crise climática e lembrou da visita de John Kerry, enviado especial do presidente dos Estados Unidos para o Clima, em fevereiro ao Brasil. “Após essa visita, o presidente Biden reafirmou nosso compromisso com uma promessa de 500 milhões de dólares para o Fundo Amazônia”.
Representatividade importa
“Conheci meu marido em 1993, quando era Vice-cônsul no Rio de Janeiro, e seguimos juntos desde então. São 30 anos de casamento, ele me seguiu durante todos esses anos, em que moramos em 12 lugares diferentes. Sempre fomos assumidos e abertos, independente do cargo em que eu estava, é algo normal e assim tem que ser. Faz parte da política dos EUA incluir, como a embaixadora falou. Hoje, com certeza é mais fácil do que já foi, o mundo evoluiu, os governos evoluíram, temos avançado bastante, não podemos parar de lutar para manter o que já conseguimos e lutar, ainda mais, para continuar avançando”.