Embaixadora dos EUA defende representatividade em festa de 4 de julho

30 de junho de 2023
Divulgação / Wanezza Soares

Embaixadora dos EUA, Elizabeth Frawley Bagley, na festa desta quinta (29)

A Embaixadora Elizabeth Frawley Bagley e o Cônsul-geral David Hodge receberam cerca de 300 convidados na noite desta quinta-feira (29), no Consulado Geral dos Estados Unidos em São Paulo, localizado na Chácara Santo Antônio, para celebrar os 247 anos da Independência dos Estados Unidos.

Entre os convidados, recebidos com comidas típicas americanas, como cachorro-quente e hambúrguer, estavam representantes do governo brasileiro, diplomatas de outras missões, membros das forças policiais do Brasil, empresários, acadêmicos, jornalistas e representantes do terceiro setor, entre outros.

Durante a cerimônia, os fuzileiros navais apresentaram as bandeiras e a Embaixadora fez um discurso, no qual ressaltou as semelhanças entre Brasil e Estados Unidos e objetivos compartilhados entre os dois governos, como combate às mudanças climáticas, promoção da prosperidade econômica, assim como de diversidade e inclusão.

Cônsul-geral David Hodge, Romano Bezerril, Elizabeth Bagley e Conor Bagley
Fuzileiros navais dos EUA
Elizabeth Frawley Bagley, e filho Conor Bagley
Embaixadora e CEO da Forbes Brasil, Antonio Camarotti
Embaixadora com a ativista climática Kamila Camilo
Embaixadora cumprimenta prefeito de São Vicente Kaio Amado, participante de intercâmbio profissional nos EUA
Cônsul-geral David Hodge cumprimenta Neide Santos, CEO do projeto Vida Corrida

No palco, Elizabeth Bagley estava acompanhada de seu filho Conor e David Hodge, acompanhado de seu marido, Romano Bezerril.

Confira trechos do discurso da Embaixadora, que assumiu o cargo em fevereiro deste ano, a seguir.

Elizabeth Bagley lembrou de quando foi embaixadora em Portugal, há 28 anos, época em que teve seu primeiro contato com a cultura brasileira. “Os vizinhos de quem me tornei mais próxima não eram português, mas brasileiros. Eles me ajudaram a mergulhar em sua incrível cultura, começando pela incomparável música”, disse, citando Caetano Veloso, Tom Jobim, Elis Regina, Gilberto Gil e Chico Buarque. “Tenho ótimas lembranças de ouvir esses artistas na casa dessa família”.

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Outro aspecto da cultura brasileira que foi mencionado por Elizabeth é a hospitalidade do povo brasileiro. “Em minha visita a Salvador, aprendi o significado de hospitalidade. Mas logo depois fui para o Rio, depois vim para São Paulo e percebi que a recepção calorosa não era exclusiva da Bahia – está em todo o Brasil”.

Para a embaixadora, a generosidade de espírito e a hospitalidade são valores que Brasil e EUA compartilham, “assim como os valores de liberdade, igualdade e Estado de Direito”, ressaltou, lembrando do Plano de Ação Conjunta para Eliminar a Discriminação Racial, JAPER, o primeiro acordo bilateral especificamente voltado para o combate ao racismo.

“Não é por acaso que isso foi desenvolvido entre nossos países”, disse Elisabeth, lembrando que tanto o governo Lula, quanto o governo Biden deram “grandes passos” para incluir pessoas sub-representadas no governo e na educação, e para criar mais oportunidades econômicas. “Esses avanços se aplicam não apenas a pessoas pretas, mas também a mulheres, povos indígenas, comunidade LGBT+ e outras”, disse em seu discurso, ressaltando que: “Representatividade importa”.

Outras questões abordadas por Bagley foram: a solução da crise climática, a eliminação da pobreza e o combate à fome. “Muitas vezes, na diplomacia e no governo, lidamos com questões de longo prazo, em que pequenas ações no decorrer do tempo fazem a diferença no futuro”.

A diplomata parabenizou a liderança no Brasil pelo enfrentamento da crise climática e lembrou da visita de John Kerry, enviado especial do presidente dos Estados Unidos para o Clima, em fevereiro ao Brasil. “Após essa visita, o presidente Biden reafirmou nosso compromisso com uma promessa de 500 milhões de dólares para o Fundo Amazônia”.

Representatividade importa

Divulgação / Wanezza Soares

David Hodge, Cônsul-geral dos EUA na capital paulista

David Hodge, Cônsul-geral dos EUA em São Paulo, casado há 30 anos com Romano Bezerril, deu um depoimento rápido à Forbes sobre ser um diplomata representante da comunidade LGBT+.

“Conheci meu marido em 1993, quando era Vice-cônsul no Rio de Janeiro, e seguimos juntos desde então. São 30 anos de casamento, ele me seguiu durante todos esses anos, em que moramos em 12 lugares diferentes. Sempre fomos assumidos e abertos, independente do cargo em que eu estava, é algo normal e assim tem que ser. Faz parte da política dos EUA incluir, como a embaixadora falou. Hoje, com certeza é mais fácil do que já foi, o mundo evoluiu, os governos evoluíram, temos avançado bastante, não podemos parar de lutar para manter o que já conseguimos e lutar, ainda mais, para continuar avançando”.