Segundo estatísticas oficiais da União Europeia, o número de autorizações de residência para norte-americanos por país nos últimos cinco anos aumentou de cerca de 15.500 para 24.000 na Holanda (6.791 concedidas no ano passado) e triplicou para quase 10.000 em Portugal (3.275 em 2022). O Brasil passa por uma situação parecida. O número de brasileiros morando no exterior nunca foi tão grande. Eram 4,2 milhões pelo mundo em 2021, de acordo com os últimos dados divulgados pelo Itamaraty. Um quarto deste total está em apenas seis países da Europa: Portugal, Espanha, Itália, Reino Unido, França e Alemanha.
Os preços elevados aparecem como um fator importante na decisão de se mudar: “Americanos estão indo para a Europa em busca de uma vida boa a baixo custo”, é como o New York Times explica a atração de viver no Velho Mundo.
“A Holanda permite que as empresas isentem 30% da renda de trabalhadores estrangeiros qualificados de impostos. Em Portugal, um visto de residência exige uma renda de apenas 150% do salário mínimo nacional, ou cerca de € 1.100 por mês. Estrangeiros podem pagar um imposto fixo de 10% sobre ‘renda passiva’, como investimentos ou pensões. A ‘lei Beckham’ da Espanha oferece um imposto fixo de 24% para renda ganha no país.”
Como incentivo para atrair pessoas altamente qualificadas, mais países também estão introduzindo vistos para “nômades digitais” que trabalham como freelancers de tecnologia.
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Casas realmente baratas
São tantas as pequenas cidades semiabandonadas na Europa (com muitas casas, vilas e até mesmo palácios vazios à disposição) que autoridades locais estão desesperadas por esquemas eficazes para revitalizar suas populações e economias. Não à toa, o número de agências imobiliárias internacionais e caçadores de casas que trabalham no mercado de “imóveis a € 1” tem se multiplicado.
Onde morar na Europa?
Existem tantas listas, pesquisas e enquetes sobre os melhores países para viver e trabalhar na Europa que pode parecer confuso.
No entanto, a maioria delas inclui os mesmos países com base em uma multiplicidade de fatores, entre eles qualidade e custo de vida, serviços de saúde, segurança, serviços digitais, burocracia, habitação e idioma.
A lista mostra quais países europeus são “adequados para expatriados e quais benefícios você pode obter em cada um deles”. Ela também aborda os aspectos negativos de cada nação. Assim, “você pode tomar decisões informadas antes de se mudar para um país europeu”, diz.
Veja os melhores lugares para morar na Europa, segundo o Etias:
A pesquisa Expat Insider da InterNations deste ano sobre os melhores países europeus para residir, com base em uma pesquisa com mais de 12.000 expatriados, vai na mesma direção.
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Portugal, o segundo país europeu da lista, também oferece excelente qualidade de vida para expatriados – mas oportunidades de emprego limitadas. A facilidade de se estabelecer é um dos pontos positivos, com 80% dizendo que se sentem bem-vindos no país.
Quanto à qualidade de vida, Portugal ocupa o 7º lugar no mundo nesta pesquisa. Algumas das vantagens do país incluem o clima e a qualidade do ar.