The House of Suntory lança whisky de R$ 14 mil no Brasil para seu centenário

23 de outubro de 2023
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O whisky Yamazaki Mizunara 18 anos faz parte das comemorações de 100 anos da marca The House of Suntory

Completar o marco de 100 anos não é para qualquer pessoa ou empresa. Atingí-lo, portanto, é mais do que motivo para uma comemoração à altura. É o que fez a marca japonesa de whiskies The House of Suntory, que celebra seu centenário este ano com versões limitadas e exclusivas dos principais rótulos do seu portfólio.

Apenas alguns países receberão as garrafas comemorativas, sendo o Brasil um deles – escolha que demonstra o peso do país entre os consumidores de whiskies de luxo do mundo.

Entre os rótulos, estão o Yamazaki Mizunara 18 anos e o Hakushu Peated Malt 18 anos, que ganharam uma edição especial, além dos novos designs comemorativos para o Yamazaki 12, Hakushu 12 e Hibiki.

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O mais premium deles é o Yamazaki, que já está disponível no mercado brasileiro pelo valor de R$ 14.450. Criado na mais antiga destilaria de malte do Japão, ele foi o primeiro no universo de single malt japoneses, e no Brasil está disponível nas versões de 12 anos e Distiller’s Reserve. Para os 100 anos, porém, a marca produziu uma edição de 18 anos – que, na verdade, tem no mínimo essa idade. Ela inclui whiskies ainda mais antigos, resultando em uma idade média superior a todas edições anteriores de Yamazaki 18 lançadas pela Suntory.

Já a destilaria de Hakushu é reconhecida por utilizar uma das melhores fontes de água do Japão no processo de produção dos seus whiskies. Em comparação com a edição padrão, o limitado Hakushu Peated Malt 18 anos – no valor de R$ 11.400 – utiliza exclusivamente barris de carvalho americano (ex-bourbon, puncheon e hogshead) e maltes turfados.

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Hakushu Peated Malt 18 anos

O Hibiki, por sua vez, traz a filosofia de harmonia da Suntory com um rótulo que representa as 24 estações do calendário tradicional japonês, refletidas nas 24 facetas do design da sua garrafa. Para a comemoração do centenário, o Brasil receberá o rótulo com design comemorativo, sem alteração no líquido. Ele estará disponível em dezembro, pelo valor de R$ 2.460.

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Garrafa especial do rótulo Hibiki, com 24 facetas

Veja 8 dicas para aproveitar ao máximo a sua experiência com o whisky:

Faça a lição de casa Pesquisar sobre o que está no copo é um dos passos básicos para entender a bebida e, aos poucos, conhecer mais sobre características que diferenciam os whiskies (e quais agradam mais seu paladar). “Leia o rótulo, procure saber a graduação alcoólica dele, se é escocês e de qual região , se é bourbon, se é rye”, diz o bartender Ale D’Agostino, que já deu cursos sobre o destilado. Claro, tudo depende da ocasião. Em uma festa, por exemplo, você provavelmente não vai parar para “estudar” a garrafa. Mas, em casa, pode fazer sentido começar dessa forma o ritual de beber. more
Deixe gotas de água “abrirem” o whisky “Em uma degustação analítica, o ideal é você tomar o whisky puro, em temperatura ambiente, e depois pingar um pouco de água”, conta Porto. “Assim as moléculas hidrossolúveis se agrupam trazendo um aroma mais frutado.” more
Saiba que o gelo altera o paladar (mas o paladar é seu) Segundo Porto, quando profissionais buscam extrair informações sensoriais sobre a bebida, evitam colocar gelo no copo. Isso porque fica difícil controlar a taxa de diluição, além de a baixa temperatura mudar a percepção do paladar, deixando, por exemplo, o amargo mais perceptível que o doce. Mas, se você gosta de tomar seu whisky com gelo, fique à vontade. Nesse caso, o especialista recomenda utilizar, de preferência, uma pedra grande de gelo cristalino. “A ideia é que ele demore mais para diluir e que seja o mais neutro possível, para trazer menos água e não alterar o sabor com minerais.” Já Alexandra Corvo, fundadora e professora no Ciclo das Vinhas Escola do Vinho, deixa uma lasquinha de gelo flutuando sobre a bebida justamente para diminuir um pouco a temperatura e tornar as moléculas de álcool menos voláteis. “Isso vai ajudar na percepção aromática”, diz ela. “Porque o whisky, diferentemente do vinho, tem muito álcool – é a primeira coisa que vai bater quando você o cheira durante uma degustação. E essa técnica ajuda a driblar isso.” more
Prove em diferentes copos O copo próprio para degustação profissional não é o tumbler grande e baixo mais comumente associado ao whisky. “O melhor para isso é a taça ISO, uma pequena taça de vinho fortificado ou o Glencairn, copo oficial de degustação de whisky desenvolvido pela Glencairn Company, na Inglaterra”, diz Maurício Porto. “O importante é que tenha a borda de cima mais estreita do que o bojo, pois assim reúne os aromas, e não os dispersa.” Já Alexandra Corvo sugere utilizar uma taça de vinho média, como as de vinho branco. E Ale D’Agostino opta mesmo pelo tumbler: “Eu gosto de copo baixo. Salvo nos coquetéis, porque alguns vão em copo longo.” more
Deguste como um profissional Maurício Porto indica os passos: “Sirva a bebida e sinta o primeiro aroma sem girar como um vinho, pois o whisky volatiliza demais (se quiser girar para observar a textura, faça isso devagar com o pulso); dê um gole, tente identificar o sabores, espere um pouco, faça novamente a análise olfativa e, depois, dê mais um gole”. more
Deixe o tempo agir Perceba como a bebida vai mudando no copo. “Muitas vezes, quando o whisky é servido, está muito fechado, defumado e apimentado. Ao longo do tempo, se desenvolvem aromas diferentes, como o cítrico”, diz o especialista. more
Combine com comida Uma harmonização clássica é queijo azul (como gorgonzola e stilton) com whisky defumado. Fica genial”, recomenda Porto. “Outra combinação legal são whiskies levemente defumados com frutos do mar, com ostras e mariscos. E os mais leves funcionam muito bem com comida japonesa.” Algumas possibilidades envolvendo a bebida e comida japonesa poderão ser provadas no evento “The House of Suntory Experience - The Nature and Spirit of Japan”, de que Porto é consultor. Entre 25 e 28 de maio, o projeto oferece uma série de jantares unindo gastronomia, coquetelaria, arte e tecnologia multimídia na Japan House, em São Paulo. more
Transforme em cocktail “Prefiro usar whiskey americano, bourbon ou rye, para coquetéis, porque o escocês, quando é muito turfado, acaba se sobrepondo demais no cocktail”, diz Ale D’Agostino. “Mas existem cocktails em que você usa whisky escocês justamente pelo defumado, que é o caso do Penicillin (com limão siciliano, mel e gengibre). O Whisky Sour (com limão siciliano, açúcar, bitter e clara de ovo) funciona tanto com um bourbon como com um whisky mais simples com escocês. Às vezes misturar funciona bem também. No Old Fashioned (com açúcar e bitter) fica interessante colocar só um pouco de whisky escocês para dar um defumado leve e equilibrar com bourbon.”more