Uma das maiores referências gastronômicas do mundo finalmente voltou seus olhos para o Brasil depois de quase quatro anos de hiato. A noite desta segunda-feira (20) marcou o retorno do Guia Michelin ao país com o anúncio dos novos restaurantes estrelados em São Paulo e no Rio de Janeiro.
Sem atualizações desde 2020, a nova edição chegou em grande estilo: foram 21 restaurantes premiados com as cobiçadas estrelas, sendo 10 deles estreantes na lista.
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O país segue sem nenhum nome no patamar máximo de três estrelas, mas acaba de dobrar o número de casas com duas estrelas. Os novos integrantes Tuju (SP), Evvai (SP) e Lasai (RJ) se juntam aos veteranos D.O.M. (SP), Oteque (RJ) e ORO (RJ) na lista do duplo mérito. “Passei muito medo essa semana [de perder estrelas]. Estou feliz de ver que nosso segmento sobreviveu”, comemorou o chef Alex Atala no palco.
A lista de restaurantes com uma estrela ganhou sete novos integrantes, entre eles Fame Osteria (SP), Kazuo (SP), Murakami (SP), San Omakase (RJ) e Tangará Jean-Georges (SP). Outras oito casas mantiveram a distinção da edição anterior, como Kinoshita (SP), Maní (SP), Cipriani (RJ) e Picchi (SP), totalizando 15 restaurantes com uma estrela Michelin.
Um dos destaques da noite certamente foi Ivan Ralston, que subiu ao palco três vezes. Além da dupla estrela, o chef do novo Tuju e sua equipe foram premiados com a categoria inédita de “Abertura do Ano” e uma Estrela Verde Michelin (a primeira vez que ela é distribuída no país) por práticas de sustentabilidade, junto com A Casa do Porco (SP) e Corrutela (SP).
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O evento também revelou os selecionados para a lista Bib Gourmand, que reconhece restaurantes de qualidade e bom custo-benefício. Para 2024, são 37 integrantes: 25 que mantiveram o título e 12 novos. Entre os estreantes, estão casas como Mocotó Vila Leopoldina (SP), Cora (SP), Shihoma Pasta Fresca (SP), Kotori (SP), Brota (RJ) e Sulta (RJ).
A versão brasileira do guia parou de ser atualizada em 2020 com a crise da Covid-19. “Esse cenário trouxe incerteza ao trabalho e às capacidades operacionais dos inspetores do Guia Michelin, impossibilitando-os de avaliar e atualizar de forma justa sua seleção de restaurantes no Brasil”, explica Gwendal Poullennec, o diretor internacional do guia.
O regresso a São Paulo e Rio, quase quatro anos depois, tem gostinho especial para Poullennec: elas foram os primeiros – e até o final do ano passado, os únicos – destinos sul-americanos a contar com a presença do guia. “Nessas duas cidades, podemos sentir um verdadeiro interesse pela boa comida e estamos satisfeitos por ver que os chefs estão cada vez mais interessados em preservar as suas heranças culturais, identidades e tradições”, resume ele.
Restaurantes com 2 estrelas Michelin
6 restaurantes, três deles novos
- D.O.M. (SP)
- Oteque (RJ)
- ORO (RJ)
- Tuju (SP)
- Evvai (SP)
- Lasai (RJ)
Restaurantes com 1 estrela
15 restaurantes: oito casas mantiveram a distição, e sete são estreantes
- Cipriani (RJ)
- Mee (RJ)
- Huto (SP)
- Jun Sakamoto (SP)
- Kinoshita (SP)
- Kan Suke (SP)
- Mani (SP)
- Picchi (SP)
- San Omakase Room (RJ)
- Fame Osteria (SP)
- Kazuo (SP)
- Kuro (SP)
- Murakami (SP)
- Oizumi Sushi (SP)
- Tangará Jean-Georges (SP)
Estrela Verde Michelin
- Tuju
- A Casa do Porco
- Corrutela
Abertura do Ano
- Tuju
Sommelier Michelin
- Maira Freire, do Lasai
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