Originalmente programada para chegar no ano passado como modelo 2023, a escassez de semicondutores atrasou o lançamento da nova Ranger. A espera deu à Ford mais tempo para resolver quaisquer problemas iniciais, mas os problemas da cadeia de suprimentos permanecem. Em alguns mercados a solução foi renunciar a certas tecnologias.
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Para esse fim, a Ford a melhorou muito, mas sem reinventar fundamentalmente a receita da Ranger. Fãs mais atentos notarão que a nova é baseada na anterior, com a mesma estrutura de cabine, chassi robusto e motor 2.3 de quatro cilindros turbo. Mas, para além disso, muita coisa mudou.
A Ford sabe que muitos compradores de picapes médias estão atrás de aventura para toda a família, e a Ranger entrega como nunca mais do que esses compradores desejam – sem sacrificar a utilidade.
Melhorando o que era bom
Para uma picape que tinha basicamente uma década, a Ranger que se aposenta agora ainda era uma máquina bastante capaz. A nova versão manterá a configuração básica de motorização, sua capacidade de carga útil líder da classe (820 kg) e uma classificação máxima de reboque de 3.400 kg. A transmissão automática de 10 marchas também permanece.
A distância entre-eixos da Ranger 2024 aumentou 5,8 centímetros, enquanto as bitolas dianteira e traseira foram alargadas em 7,3 cm. Foram mantidas as tradicionais suspensões de mola helicoidal na dianteira e feixe de mola na traseira. É provável que isso proporcione uma condução mais suave e estável (tanto nas curvas quanto nas trilhas) e mais espaço interno.
Há também mais distância do solo, tanto nos modelos com tração traseira, quanto nas versões 4×4. Isso garante capacidade real para os fãs de utilitários off-road, mesmo sem ter que saltar para qualquer pacote Tremor ou Raptor, mais radicais. A distância entre-eixos mais longa, no entanto, significa que os ângulos de entrada e saída não foram realmente melhorados.
Melhor de tudo: há um novo propulsor V6 como opcional. Embora o 2.3 EcoBoost de quatro cilindros, com seus 270 cv, ofereça desempenho semelhante ao V6 da Toyota Tacoma, tem sido a única opção de motor da Ranger em uma classe dominada pelos seis-cilindros em V.
Mais espaço e tecnologia
Todas essas mudanças vêm em um invólucro muito mais distinto do que antes. Embora o antigo modelo tivesse muitas habilidades, era em grande parte esquecível visualmente e sem nenhuma conexão visual real com as outras picapes da Ford. Essa suavidade, parcialmente remediada por pacotes gráficos nos últimos dois anos, se foi, substituída por um novo visual masculino que, embora ainda não esteja intimamente ligado à F-150, pelo menos parece mais próximo ao visual da principal “truck” da empresa e da Maverick.
Melhor ainda, todo o interior é novo. Esta é a área em que o antigo modelo parecia ainda mais velho, principalmente no que diz respeito à tecnologia veicular.
Os materiais e o design parecem muito mais modernos e o painel é dominado por uma tela de 8 polegadas em frente ao motorista e uma central multimídia sensível ao toque de 10,1 polegadas. Opcionalmente, as telas podem ter 12,4 e 12 polegadas, respectivamente. O sistema operacional é o Sync4A, um salto quântico sobre o Sync 3, de 2014.
Infelizmente, os quase 6 centímetros extras de distância entre-eixos realmente não se traduzem em muito mais espaço na cabine, embora o banco traseiro pareça um pouco mais espaçoso. Essa é a restrição ao se reutilizar o design básico da cabine do modelo anterior. Esse banco traseiro também se dobra para um espaço de transporte interno mais versátil e, embaixo dele, há novos cubículos de armazenamento de carga.
Quando e por quanto?
Com tantos novos recursos e muito mais espaço, seria surpreendente se o preço da nova Ranger não subisse, mas o dano não é tão ruim e você receberá muito mais. Nos EUA, a configuração XL SuperCrew de nível básico, com tração traseira, começará em US$ 34.160.
A Ford começa a revelar a nova Ranger no Brasil nesta terça-feira (6). Preços e configurações para o mercado nacional serão revelados no lançamento oficial, marcado para o próximo dia 21.
Veja fotos da Ford Ranger 2024:
(Traduzido por Rodrigo Mora)