Veja galeria de fotos dos elétricos que a GM já tirou de linha:
A marca norte-americana começa batendo a Tesla com o EV1, que estreou em 1996, doze anos antes do primeiro carro da conterrânea, o Roadster.
O EV1 era um carro notável, muito à frente de seu tempo, e instantaneamente se tornou o favorito das celebridades de Hollywood, dos ambientalistas e dos defensores da energia verde nos EUA.
Então, veio outro carro inovador, em 2010: o Chevrolet Volt, um híbrido plug-in que pode ser tanto um carro elétrico puro quanto um híbrido de longo alcance por meio de seu gerador movido a gás.
O Volt era US$ 20 mil mais barato que o Tesla Model S (lançado em 2012), mas mal foi comercializado pela GM e, não surpreendentemente, nunca emplacou, com cerca de 177 mil unidades vendidas em todo o mundo até 2019.
Ah, e antes disso, em 2016, a GM matou o Chevrolet Spark EV (do qual você provavelmente nunca ouviu falar). Quem sabe se aquele compacto não poderia ter se tornado um EV popular e barato para compradores de primeira viagem? Mas a GM nunca acreditou no potencial do Spark EV, que apenas atendeu a alguma conveniência pontual, e a empresa o matou assim que pôde.
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Daí veio o Chevrolet Bolt. Mais uma vez, a GM apresentou muitas razões aparentemente inteligentes para matá-lo. Mas, para qualquer pessoa fora da bolha interna da montadora, era apenas mais uma desculpa em uma longa lista de desculpas.
Depois de décadas, a GM ainda luta fortemente com EVs.
Sim, a empresa está vendendo o Hummer EV e novas reservas tanto para a picape quanto para o SUV estão encerradas devido à alta demanda. Encomendas para o Cadillac Lyriq também estão cheias, bem como os pedidos para a picape Silverado EV.
Isso ocorre 13 anos após a estreia do Volt e 27 anos após o EV1.
Enquanto isso, a Tesla está a caminho de vender milhões de EVs por ano e pode estar a caminho de se tornar a maior fabricante de automóveis do mundo (em produção) até 2030. A GM está vendendo uma fração dos números da Tesla e é apenas uma das muitas vice-campeãs na corrida pelos carros elétricos.
Vou encerrar sendo caridoso: tanto Volt quanto Bolt eram carros incríveis.
*Fui membro fundador da CNET News e editor de hardware da CNET, repórter colaborador de tecnologia do New York Times e repórter e editor do Asian Wall Street Journal Weekly – este último no Japão, onde morei por dez anos.
(Traduzido por Rodrigo Mora).