Como é viajar de São Paulo a Santa Catarina dirigindo um carro elétrico

15 de julho de 2023
Foto: divulgação

Volvo XC40 a caminho de Itajaí (SC)

Malas acomodadas, cinto afivelado, playlist do Spotify espelhada na central multimídia e o Google Maps contando 402 quilômetros entre o centro de São Paulo e o centro de Curitiba. Como o alcance da bateria do Volvo XC40 que nos levaria até lá é de 423 km, uma simples conta de subtração revelou que o risco de sermos acometidos por “range anxiety” era alto.

Veja galeria de fotos:

Volvo XC40 a caminho de Itajaí (SC)
Volvo XC40 a caminho de Itajaí (SC)
C40 e XC40 recarregando baterias em eletroposto de Cajati (SP)
XC40 recarregando a bateria em eletroposto de Cajati (SP)
XC40 recarregando a bateria em eletroposto de Cajati (SP)
Barcos se preparam para a The Ocean Race
Barcos se preparam para a The Ocean Race

Medo de ficar sem combustível para chegar aonde se quer é algo que sempre existiu, mas só ganhou um termo para chamar de seu com a proliferação do uso de veículos elétricos, que dependem de uma rede de postos de recarga numericamente incomparável à estrutura de postos de combustível dedicada aos carros a combustão.

Por essa escassez de lugares públicos para recarregar a bateria de um carro elétrico é que viagens interestaduais eram praticamente impossíveis até um ano atrás, quando a Volvo começou a espalhar pelas rodovias brasileiras equipamentos de corrente contínua (DC). O primeiro deles (de um total de 13 dentro do que a marca sueca chama de fase 1) foi instalado no município de Cajati, a pouco mais de 230 km de São Paulo.

Depois, as paulistas Botucatu, São Carlos, Penápolis, Avaré, São Sebastião, Ubatuba, Taubaté, Cubatão, Jacareí e Leme e as mineiras Oliveira e Pouso Alegre foram as cidades contempladas, cobrindo 3.250 km para conectar as capitais de Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais.

“Na segunda fase, estamos estimando um investimento de R$ 11,5 milhões, colocando mais opções para os proprietários de carros elétricos fazerem viagens intermunicipais e até mesmo interestaduais. O que antes era um grande gargalo a Volvo está transformando em solução”, afirma Marcelo Godoy, diretor de Finanças da Volvo Cars América Latina. Com 150 kWh de potência, o DC é capaz de recarregar um XC40 em cerca de 45 minutos, segundo a empresa.

Ou seja, o tempo certo de um almoço em um típico posto de beira de estrada. Foi o que fiz em Cajati – o que só foi possível, importante destacar, porque o recarregador estava em ordem e disponível. Qualquer avaria no aparelho ou deparar com outros carros se reenergizando poderia complicar a viagem.

Bateria e barriga cheias, parti para o segundo trecho até Curitiba. No caminho até lá, o SUV de entrada da Volvo mostrou suas qualidades. Não surpreende o XC40 ser o elétrico mais vendido não somente do segmento de luxo, mas de todo o mercado de carros a bateria: por R$ 329.950, junta em um pacote razoavelmente compacto (são 4,40 metros de comprimento) espaço interno (bons 2,70 metros de entre-eixos e 414 litros de porta-malas), acabamento luxuoso sem ostentação, ótima dirigibilidade, status, conforto e desempenho empolgante mesmo nesta versão de 231 cv e um motor elétrico – e não dois, como na configuração de tração integral e 408 cv.

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The Ocean Race

Na verdade, a viagem até Curitiba era apenas a metade do caminho até Itajaí, cidade catarinense que, além de inaugurar o primeiro eletroposto da fase 2 da expansão da rede de recarga promovida pela Volvo, sediava uma etapa da The Ocean Race, tida como a maior e mais desafiadora regata de volta ao mundo.

“A The Ocean Race está alinhada com o foco e os princípios da Volvo de cuidado com as pessoas e com o planeta. A competição tem um grande legado mundial na preservação dos oceanos. E também é uma ótima ferramenta para construir relacionamentos com os clientes e concessionários, além de fortalecer a marca e apresentar nossa empresa e nossos produtos a um público global em cada uma das paradas”, justifica Luis Rezende, Head da Volvo Cars América Latina e Presidente da Volvo Cars Brasil.

De acordo com a marca, nesta edição as equipes coletarão mais dados sobre o meio ambiente do que qualquer outro evento esportivo do mundo. Equipamentos científicos instalados nos barcos e operados pelos marinheiros medirão a poluição microplástica, recolherão informações sobre o impacto das alterações climáticas no oceano e coletarão dados para ajudar a melhorar a previsão do tempo global.

Para chegar a Itajaí, os competidores saíram da Cidade do Cabo, na África do Sul, e percorreram 23.613 km, passando pela primeira vez por três grandes cabos: Cabo da Boa Esperança, Cabo Leeuwin e Cabo Horn, onde enfrentaram rajadas de mais de 40 nós e ondas de 7 metros.

Nesta 14ª edição, a The Ocean Race começou em janeiro, em Alicante (Espanha), e terminará em junho, em Gêenova (Itália). Para a única etapa brasileira da regata, em Itajaí, agora chega-se também de carro elétrico.