Isso significa que os níveis de produção provavelmente definirão o preço do Tesla Cybertruck, e que um mercado secundário será formado.
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“Considerando que a demanda supera em muito a oferta no momento, suponho que muitas das primeiras entregas acabarão no mercado secundário por muito mais do que o que a Tesla lista como preço base”, avalia o editor-chefe da revista Car and Driver, Tony Quiroga.
Tyson Jominy, vice-presidente de dados e análises da J.D. Power, explica que “o preço será um sinal do progresso da produção da Tesla e sua expectativa de volume. A Tesla tem um histórico de lançamentos muito difíceis. Cada um de seus veículos parece ter um desafio autoinfligido para chegar ao mercado”.
Poucas montadoras usaram aço inoxidável porque é um material muito difícil de trabalhar em aplicações automotivas. Quaisquer imperfeições na fabricação ou na montagem são evidentes. É provável que a Cybertruck seja produzida muito lentamente durante muitos meses”, avalia Jominy.
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Sendo um dos carros mais esperados dos últimos anos, a procura disparou. Musk afirmou recentemente que existem mais de um milhão de reservas.
O que impulsiona a demanda é o fato de que um Tesla é mais um produto de tecnologia do que um carro em si. E como qualquer produto tecnológico cobiçado, um novo lançamento desencadeia uma demanda massiva.
“Teslas são como um iPhone. Assim que são lançados, se tornam um produto altamente desejado”, avalia Quiroga.
Mas ele não espera um efeito cascata em toda a indústria de picapes. Provavelmente está limitado à Tesla. “Duvido que o Cybertruck estimule as vendas da Ford F-150 Lightning, do GMC Hummer ou do Rivian R1T, uma vez que esses são veículos com design mais tradicional e provavelmente serão considerados por clientes de picapes mais tradicionais.” E nem é tanto por ser uma picape, categoria de veículo que não tinha opções elétricas até recentemente.
“Pessoas que querem o melhor e mais recente Tesla… e isso também é uma picape”, reflete Quiroga.
(Traduzido por Rodrigo Mora)