A informação consta de uma resposta a requerimento de informações enviada pela pasta ao deputado federal Gustavo Fruet (PDT-PR). O parlamentar questionou o ministério se houve a efetiva compra de 560 milhões de doses de imunizantes, como anunciado pelo governo, ou apenas intenção de adquirir os imunizantes.
Butantan e Fiocruz entregam quase 7 milhões de doses de vacinas contra Covid
Em nota, o ministério garantiu que, das 562 milhões de doses anunciadas, mais de 530 milhões de doses estão formalizadas.
“As doses pactuadas com a Fiocruz não necessitam de contrato, pois a Fundação é vinculada ao Ministério da Saúde e os repasses são feitos via TED ou crédito extraordinário”, disse.
Segundo a pasta, o contrato com 30 milhões de doses do Butantan está em elaboração. “Importante destacar ainda que a quantidade de imunizantes pactuados com os laboratórios são suficientes para vacinar toda a população brasileira”, reforçou.
“A luta contra a Covid-19 continua: foram compradas mais de 560 milhões de doses de vacinas. Em abril, a previsão é vacinar mais de um milhão de pessoas por dia. Enquanto isso, os cuidados devem continuar. Brasil imunizado. Somos uma só nação. Ministério da Saúde. Governo Federal”, disse o ministério, em postagem no Twitter de 24 de março.
O deputado Fruet disse à Reuters que o governo divulgou o que não fez e que isso “vai banalizando” as previsões não cumpridas de aquisição de vacinas. “O governo mentiu na propaganda como se fosse uma coisa normal”, disse.
O parlamentar disse que vai encaminhar as informações obtidas para a CPI da Covid do Senado e pedirá apuração do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre os gastos com publicidade, uma vez que houve quem autorizou esse tipo de despesa.
Em meio às idas e vindas sobre a previsão de compra e entrega de vacinas, é até mesmo pressão de governadores e prefeitos, o ministério chegou a suspender temporariamente o anúncio de aquisições de novos imunizantes.
Contudo, uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) determinou ao governo que divulgasse periodicamente esses dados.
O novo cronograma de entrega de vacinas contra Covid-19 divulgado pela pasta no dia 24 de abril reduziu em quase 30% a quantidade de doses de vacinas contra Covid-19 que seriam entregues ao país em maio, se comparado com a previsão feita pela própria pasta no mês passado – ainda sob o comando do então ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. (Com Reuters)
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