FMI, Banco Mundial e CEPI pedem que G7 libere vacinas contra a Covid-19

3 de junho de 2021
Berkah/GettyImages

A pandemia de coronavírus matou quase 3,7 milhões de pessoas em todo o mundo e infectou outras mais de 170 milhões

Líderes do G7 (Grupo dos Sete), formado pelos países mais ricos do mundo, precisam doar vacinas contra a Covid-19 com urgência para evitar um resultado semelhante à gripe de 1918, que matou 50 milhões de pessoas, disse à Reuters o chefe da CEPI (Coalizão para Inovações em Preparação para Epidemias).

A pandemia de coronavírus matou quase 3,7 milhões de pessoas em todo o mundo e infectou mais de 170 milhões de pessoas, enquanto cerca de 50 milhões morreram entre 1918 e 1919, e aproximadamente um terço da população mundial contraiu a gripe.

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Mas enquanto a sociedade volta a uma aparente normalidade em países como os Estados Unidos e a Grã-Bretanha, graças ao rápido andamento da vacinação contra a Covid-19, muitos outros não têm acesso ao mesmo número de vacinas.

Richard Hatchett, o chefe executivo da CEPI que co-dirige o consórcio de compartilhamento de vacinas Covax Facility, citou o exemplo do Peru, que recentemente revisou seu número de mortes para cima tornando-se o país mais atingido per capita do mundo.

“É um imperativo moral se quisermos evitar situações como o Peru e impactos que podem se comparar com os da gripe de 1918, devemos enviar vacinas aos países para proteger seus profissionais de saúde e as populações vulneráveis agora”, disse Hatchett à Reuters em uma entrevista. “Os países do G7 precisam se esforçar para isso”, acrescentou.

Os ministros da saúde do G7 se reúnem em Oxford hoje (3) e amanhã (4), e Hatchett pediu aos líderes que mostrem “coragem política” para compartilhar as doses o mais rápido possível na reunião da próxima semana.

“Esperar até que o pior da pandemia acabe e então entregar a vacina vai realmente reduzir seu valor”, disse Hatchett, acrescentando que “as reuniões do G7 nem sempre ocorrem com uma crise de proporções globais e impacto histórico, e essa é crítica, única em uma geração do G7”.

FMI e Banco Mundial

Os chefes do FMI (Fundo Monetário Internacional) e do Banco Mundial também pediram hoje (3) ao G7 que libere qualquer excesso de vacinas da Covid-19 para países em desenvolvimento o mais rápido possível e aos fabricantes que acelerassem produção.

Em uma declaração conjunta ao G7, a diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, e o presidente do Banco Mundial, David Malpass, também apelaram aos governos, empresas farmacêuticas e grupos envolvidos na aquisição de vacinas para aumentar a transparência sobre a contratação, financiamento e entregas.

“Distribuir vacinas mais amplamente é uma necessidade econômica urgente e um imperativo moral,” disseram eles. “A pandemia do coronavírus não vai acabar até que todos tenham acesso às vacinas, incluindo pessoas nos países em desenvolvimento.” (com Reuters)

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