No Encontro Anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica, realizado no início do mês, um dos estudos mais relevantes avaliou novas formas de tratamento para o câncer renal metastático. A doença era tratada, anteriormente, com um antiangiogênico, um bloqueador de vasos sanguíneos mais antigo, chamado sunitinib. Novas drogas, incluindo novas combinações com medicamentos imunoterápicos, foram avaliadas em comparação a esta medicação mais tradicional.
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Esta pesquisa robusta, que comparou essa nova estratégia versus o tratamento tradicional com sunitinib, mostrou que a combinação reduziu o risco de progressão da doença ou morte em 44%. Portanto, um ganho muito significativo. E, além do resultado bastante positivo, o que vimos também é que essas novas combinações elevam a taxa de resposta de modo muito importante. Neste caso, ela foi mais que duplicada.
Do mesmo modo, um outro estudo com dois imunoterápicos (nivolumab e ipilimumab, que funcionam como bloqueadores em áreas diferentes das proteínas tumorais) avaliou o papel desse tratamento em comparação à terapia tradicional. O resultado também mostrou uma redução do risco de morte ou progressão de maneira muito significativa, ao redor de 40%.
Assim, para o tratamento do no câncer renal metastático, o uso de novos imunoterápicos combinados entre si ou com drogas antiangiogênicas promoveu efeitos muito interessantes em termos de aumento da sobrevida dos pacientes, diminuição do risco de progressão e de morte.
Estas estratégias, agora, representam o novo padrão-ouro no tratamento do câncer de rim metastático.
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