O diagnóstico precoce e o início rápido do tratamento, de acordo com dados internacionais, podem diminuir a mortalidade por câncer de mama em até 30%, com menor número de cirurgias radicais e sequelas.
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A primeira conclusão importante é que houve uma queda significativa na mortalidade atribuída à doença em 2000 versus 2017. A redução do número de óbitos, que era de 35% em 2000, passou para 48% em 2017 para a doença precoce, o que indica um aumento de 13% de pessoas salvas nesse período graças ao screening. Do mesmo modo, a mortalidade por câncer de mama metastático também diminuiu, de 23% para 20%.
Avaliando mais profundamente os dados, observamos que a sobrevida livre de recorrência à distância em 10 anos era de 82% em 2000 e passou para 87% em 2017 para os tumores como um todo. Quando focamos nos tumores HER2 positivo (cânceres bastante agressivos), o índice passou de 78% para 90% de sobrevida livre de metástase.
Portanto, para a população como um todo, houve aumento de sobrevida de 5% e, para pacientes HER2 positivo, o aumento foi de 12% da população que ficou 10 anos sem metástase depois do tratamento local.
Acompanhar esses avanços e descobertas permite garantir melhores prognósticos e, consequentemente, resultados mais assertivos para os pacientes. Converse com seu médico sobre o rastreamento do câncer de mama e escolha a melhor estratégia para prevenção e diagnóstico precoce.
Fernando Maluf é cofundador do Instituto Vencer o Câncer e professor livre-docente da Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo.
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