Recentemente nos chamou a atenção o destaque que um tratamento já usual recebeu na mídia internacional, ao ser apresentado pelo New York Times como “um velho medicamento que que fazer crescer cabelos custando centavos por dia”. Logo depois essa mesma notícia foi replicada em outros países e inclusive aqui no Brasil e pretendemos esclarecer um pouco sobre este assunto nesta coluna.
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Esse uso tópico pode gerar, em alguns pacientes, irritação no couro cabeludo e até alergia, além de dificultar um pouco a adesão ao tratamento por pacientes que são mais resistentes em aplicar produtos diariamente no couro cabeludo. Alguns dermatologistas passaram então a prescrever o Minoxidil por via oral, ou seja, em comprimidos, facilitando a vida dos pacientes que não querem usar loções e acabando com o problema das irritações locais. E o melhor, com resultados bastante promissores e semelhantes aos do tratamento tópico, nos primeiros estudos.
Um tratamento de baixo custo e com bons resultados gerou um óbvio interesse na mídia. Porém, é importante salientar que é uma medicação e deve ser prescrita pelo médico dermatologista após o diagnóstico da causa da calvície, se estiver mesmo indicada para aquele(a) paciente, e na dosagem adequada, principalmente por ser uma medicação de uso contínuo.
Estamos empolgados com mais uma opção terapêutica para o tratamento da calvície, mas lembramos que não é um medicamento para fazer surgir fios novos. Este medicamento, como todos os outros tratamentos clínicos até agora, melhora os fios já existentes e diminui a queda. Para quem já perdeu os fios, o solução continua sendo o transplante capilar.
Márcio Crisóstomo é cirurgião plástico formado no Instituto Ivo Pitanguy, especialista em Transplante Capilar nos Estados Unidos pelo American Board of Hair Restoration Surgery, com pós-graduação em Surgical Leadership pela Harvard Medical School.
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