Como divergir – de pessoas da família, de amigos, de colegas de trabalho – sem que o resultado seja raiva e até o rompimento dessa pessoa com você?
1. Procure “ler” quem está à sua frente. Existem indivíduos bélicos, ou seja, que usam qualquer motivo para “brigar”. Sendo assim, transformam qualquer divergência de posições em animosidade genuína. A menos que você queira entrar na briga ou que seu desejo seja comprar uma provocação que o seu interlocutor lhe faça, o melhor é você puxar o freio, dar um passo atrás e simplesmente dizer a essa pessoa que você entende o argumento dela (ainda que você não concorde com ele).
Leia mais: O efeito “mágico” dos pets sobre a saúde mental
3. Ironia e piadinhas costumam ser uma resposta muito comum de quem discorda do que o outro está falando. Acontece que isso demonstra menosprezo em relação à posição contrária. Se a sua vontade é não criar antipatia em relação a você, evite ser irônico ou piadista.
4. Não é apenas por meio do discurso que podemos não concordar com alguém, mas também pela chamada linguagem não verbal, isto é, como as nossas expressões faciais e com o nosso corpo. Assim, se a ideia é manter a cordialidade, ainda que discordando de alguém, evite cruzar os braços, fazer cara feia ou de cara de saco cheio, revirar os olhos. Essas são posturas hostis.
6. Outra postura anticonflito é a humildade intelectual. Ninguém é dono da verdade nem detentor de todo o saber. Nem você, não é mesmo?
Dr. Arthur Guerra é professor da Faculdade de Medicina da USP, da Faculdade de Medicina do ABC e cofundador da Caliandra Saúde Mental.
Os artigos assinados são de responsabilidade exclusiva dos autores e não refletem, necessariamente, a opinião de Forbes Brasil e de seus editores.