O Dia Mundial do Câncer, campanha internacional realizada anualmente em 4 de fevereiro, reúne centenas de entidades com a proposta de diminuir o impacto crescente dos tumores sobre a saúde global.
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O tema da campanha muda a cada três anos. Este será o último com o apelo “por cuidados mais justos”, com foco nas barreiras enfrentadas por milhões de pacientes para o acesso à atenção básica para o controle do câncer.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 70% das mortes por câncer são registradas em países de baixa e média rendas. Fatores como a condição socioeconômica, questões étnicas, de idade e de gênero têm impacto na efetividade das ações prevenção do câncer e no acesso ao diagnóstico e tratamento.
Infelizmente, depois de três anos, pouco mudou neste cenário mundial. Agravada pela pandemia de covid-19, que prejudicou a realização de exames e o acompanhamento de pacientes, a epidemia de câncer persiste. Este é o cenário que encontramos em diversos países em desenvolvimento, inclusive aqui no Brasil, onde mais de 700 mil novos casos de câncer devem ser registrados somente em 2024.
A data é um evento importante para que a gente se lembre de que o câncer existe, que ele pode ser prevenido, tratado e, na maioria dos casos, curado. Este deve ser um movimento de esperança e de ação, para que possamos propiciar uma jornada com melhores cuidados e desfechos para os pacientes com câncer em nosso país.
Fernando Maluf é cofundador do Instituto Vencer o Câncer e professor livre-docente da Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo.
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