Indenizações milionárias: 9 ex-CEOs que receberam uma fortuna ao deixar seus cargos

Acordos levam em conta as ações adquiridas, previdência privada e multas

Leandro Manzoni

Na segunda-feira (24), a Telecom Italia informou, por meio de um comunicado, que seu presidente-executivo, Flavio Cattaneo, deixou o cargo após um acordo em que a empresa vai desembolsar € 25 milhões em multas. Analistas de mercado apontam que a troca de CEO na companhia italiana vai fortalecer a acionista Vivendi, que não estava satisfeita com a gestão de Cattaneo.

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A indenização pela saída de altos executivos é, geralmente, acertada antes da contratação e leva em conta as ações adquiridas ao longo da ocupação do cargo, previdência privada e multa caso o mandato termine antes do período estabelecido em contrato. Fora do Brasil, estes acordos são chamados de “exit packages” e “golden parachute”.

Veja, na galeria a seguir, 9 ex-CEOs que foram demitidos, mas encheram os bolsos de dinheiro.

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    1. Martin Winterkorn (Volkswagen): € 16,6 milhões

    O escândalo da fraude dos testes de controle de emissão de poluentes nos automóveis da Volkswagen e a confissão do CEO Martin Winterkon da irregularidade, em 2015, levaram à saída do executivo. Mesmo assim, Winterkorn viu sua conta bancária aumemtar € 16,6 milhões.

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    2. Carly Fiorina (HP): US$ 21 milhões

    O Conselho de Administração da gigante da tecnologia entrou em acordo para que Carly Fiorina renunciasse do cargo de CEO em 2005, alegando discordância quanto à estratégia na condução dos negócios. A carreira da executiva também ficou marcada pela falta de resultados positivos da empresa depois da compra da concorrente Compaq, operação que fortaleceu a pressão para sua renúncia. Mesmo assim, a executiva recebeu US$ 21 milhões.

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    3. Martin Sullivan (AIG): US$ 47 milhões

    Considerado um dos piores CEOs de todos os tempos pela revista “Time”, Martin Sullivan recebeu US$ 47 milhões por sua saída depois que a seguradora registrou perdas contábeis bilionárias na crise do subprime, em 2008.

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    4. Chuck Prince (Citigroup): US$ 52,5 milhões

    A crise que veio na esteira da queda do índice Dow Jones, motivada pela concessão de empréstimos hipotecários de alto risco, também derrubou o CEO do Citigroup, Chuck Prince, responsabilizado pelas perdas bilionárias do banco devido à exposição de hipotecas inadimplentes. Ao deixar o cargo, o executivo recebeu US$ 29,5 milhões em ações preferenciais e mais US$ 13 milhões pela performance no ano que o banco registrou prejuízo, em 2007.

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    5. Mark Fields (Ford): US$ 57,5 milhões

    O Conselho de Administração da Ford fez um acordo para que Mark Fields renunciasse à presidência da montadora, em maio deste ano, por ter perdido a confiança no executivo para liderar a rápida mudança que o setor automobilístico exige, especialmente em relação aos carros autônomos. O executivo recebeu US$ 57,5 milhões pela saída, apesar de a empresa ter registrado uma perda de US$ 25 bilhões durante o período em que esteve sob seu comando.

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    6. Stanley O’Neal (Merril Lynch): US$ 160 milhões

    O CEO deixou o banco de investimentos norte-americano em 2008, depois de uma perda de US$ 8 bilhões causada pela crise do subprime. Entre os motivos de sua saída esteve, ainda, a negociação de uma fusão com o Bank of America e a Wachovia Bank sem consultar o Conselho de Administração.

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    7. Henry McKinnel (Pfizer): US$ 200 milhões

    Em 2006, o impopular CEO da Pfiezer foi demitido devido à desvalorização das ações da companhia durante a sua gestão, que chegou a US$ 140 bilhões. Henry McKinnel recebeu US$ 200 milhões para abandonar o cargo, contabilizando neste pacote valores referentes a benefícios previdenciários, compensações, ações e bônus.

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    8. Robert Nardelli (Home Depot): US$ 212 milhões

    O executivo ficou sete anos no cargo e foi demitido depois de desavenças com os acionistas. Nardelli era um fervoroso crítico do valor dos dividendos e não concordava com a proposta de implementar uma nova remuneração, atrelada ao valor das ações da companhia. Por dizer que o preço das ações era uma variável que ele não podia controlar, acabou deixando o cargo – mas não antes de abocanhar US$ 212 milhões.

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    9. William McGuire (UnitedHealth Group): US$ 1,6 bilhão

    William McGuire foi CEO da operadora de saúde UnitedHealth Group por 15 anos, fazendo dela um importante player em todo o território norte-americano. Em 2006, entretanto, foi acusado de fraudar o valor das ações da companhia. O executivo foi demitido com US$ 1,6 bilhão no bolso, decorrentes de ações opcionais adquiridas durante a sua gestão, mas teve que pagar multas a acionistas e à Security and Exchange Comission (SEC) que somaram US$ 618 milhões. Além disso, o executivo foi banido por 10 anos da direção de qualquer companhia listada em Bolsa.

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1. Martin Winterkorn (Volkswagen): € 16,6 milhões

O escândalo da fraude dos testes de controle de emissão de poluentes nos automóveis da Volkswagen e a confissão do CEO Martin Winterkon da irregularidade, em 2015, levaram à saída do executivo. Mesmo assim, Winterkorn viu sua conta bancária aumemtar € 16,6 milhões.

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