Lemann é o mais rico do Brasil pelo 6º ano seguido

7 de março de 2018

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O 32º ranking anual FORBES de bilionários do mundo, divulgado ontem (6), traz 42 brasileiros – um a menos do que no ano passado. Apesar disso, a soma dos patrimônios cresceu 2,5% em relação a 2017: de US$ 172,1 bilhões para US$ 176,4 bilhões.

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Pelo sexto ano seguido, Jorge Paulo Lemann é o primeiro brasileiro a figurar na lista, com fortuna de US$ 27,4 bilhões, queda de 6,1% em relação ao ano passado, quando o patrimônio do proprietário da cervejaria Ambev chegou a US$ 29,2 bilhões. A diferença na fortuna fez com que o brasileiro caísse sete posições e passasse, atualmente, a ocupar o 29º lugar.

O motivo da queda do patrimônio do bilionário – US$ 1,8 bilhão ao longo do último – foi a desvalorização de 5% das ações da gigante da cerveja Anheuser-Busch InBev, fonte da maior parte de sua riqueza. As vendas da AB-InBev na América do Norte caíram – as pessoas estão bebendo menos Budweiser e optando por cervejas artesanais, vinhos e destilados. A AB-InBev substituiu seu diretor de operações da América do Norte em novembro.

Os cinco primeiros brasileiros da lista deste ano continuam os mesmos. Diferentemente de Lemann e de seus sócios Marcel Herrmann Telles (US$ 14 bilhões, 102º lugar) e Carlos Alberto Sicupira (US$ 12 bilhões, 124º lugar), Joseph Safra (US$ 23,5 bilhões, em 36º lugar) e Eduardo Saverin (US$ 10,1 bilhões, 148º lugar) viram suas fortunas aumentarem nos últimos 12 meses.

Sendo assim, apenas Safra (1 posição) e Saverin (22 posições) melhoraram suas colocações, enquanto os sócios da 3G Capital despencaram 29 e 28 posições respectivamente. Mesmo com um aumento patrimonial de US$ 3 bilhões, Safra subiu apenas uma posição, enquanto a escalada de Saverin ocorreu por causa de um aumento de US$ 2,2 bilhões.

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A bilionária Lia Maria Aguiar foi a que subiu mais posições (692), com um patrimônio de US$ 2,2 bilhões contra US$ 1,1 bilhão do ano passado, enquanto o proprietário da Riachuelo, Nevaldo Rocha, ganhou 547 posições, com sua fortuna saltando de US$ 1,3 bilhão e chegando a US$ 2,4 bilhões.

O banqueiro Pedro Moreira Salles, porém, não ficou muito para trás. O sexto homem mais rico do Brasil foi de US$ 3,2 bilhões e a 603ª posição para US$ 5,1 bilhões e a 382ª posição, um aumento de 59,37% no patrimônio. Com seus três irmãos bilionários, apoia o Instituto Moreira Salles, com unidades no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Poços de Caldas.

Os irmãos de Pedro – João, Walter Salles Jr. e Fernando Roberto – também registraram aumento da fortuna e subiram 215 posições, com US$ 5 bilhões cada e empate no 388º lugar. Assim, todos os membros da família que estão na lista ultrapassaram Abilio Diniz (US$ 3,5 bilhões, em 652º) e o cervejeiro Walter Faria (US$ 3,2 bilhões, em 729º).

O titã do varejo Abilio Diniz passou grande parte de sua vida tocando – e expandindo – a cadeia de supermercados Grupo Pão de Açúcar, que seu pai começou com uma única padaria. Depois que a varejista francesa Casino aumentou sua participação na companhia, em 2011, Diniz se desentendeu com os franceses, vendeu suas ações e, em 2014, investiu no braço brasileiro da empresa de superlojas (e concorrente da Casino) Groupe Carrefour, com direito a uma cadeira no conselho. Em julho, o Carrefour Brasil, também conhecido como Atacadão, completou um IPO, levantando quase US$ 1,6 bilhão. Diniz é um dos maiores acionistas, com cerca de 8%.

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Os irmãos Marinho estão entre os que mais perderam posições na lista. José Roberto e Roberto Irineu viram seus patrimônios diminuírem US$ 1,3 bilhão e caíram 491 colocações, ocupando, empatados, a 965ª posição, com US$ 2,5 bilhões (cada). Enquanto isso, João Roberto Marinho perdeu a mesma quantia de dinheiro, mas caiu 519 posições (1020º lugar), somando um patrimônio de US$ 2,4 bilhões. Já o empresário dos medicamentos genéricos Maurizio Billi foi o brasileiro que mais perdeu posições com a redução de R$ 300 milhões em seu patrimônio: de 560º para o 2124º lugar, com valor atual de US$ 1 bilhão.

Menos da metade (45%) dos 42 super ricos é composta de pessoas self-made: 19% herdaram seu patrimônio, enquanto 36% o receberam da família, mas continuaram seu crescimento. Em relação aos setores de origem da riqueza, 11 bilionários trabalham com finanças e investimentos; 6 têm fonte diversificada de renda; 5 atuam em moda e varejo; 5 no segmento de comidas e bebidas; 4 na saúde e 3 em mídia e entretenimento.

A lista de bilionários foi compilada tendo como base as riquezas de 9 de fevereiro de 2018, dia em que FORBES reuniu os preços de ações e taxas de câmbio do mundo todo. O ranking lista indivíduos em vez de famílias multigeracionais que dividem fortunas enormes. Em alguns casos, irmãos e casais são listados juntos se a divisão da propriedade entre eles não for clara, mas eles ainda precisam valer US$ 1 bilhão cada um para entrar na lista.

Veja, na galeria de fotos, os 42 bilionários brasileiros presentes do ranking global de FORBES:

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Jorge Moll Filho pulou da 16ª posição do ranking publicado em abril de 2020 para a 3ª
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