Os donos de equipes de esporte mais ricos do mundo
Kurt Badenhausen
7 de março de 2019
No último ano, a equipe de críquete Mumbai Indians perdeu mais da metade das partidas da 11ª temporada da liga Indian Premier League. Foi um desempenho decepcionante para um dos times mais bem-sucedidos da história do campeonato, do qual soma três títulos. Embora os resultados dentro do campo tenham sido desfavoráveis, o ano foi lucrativo para Mukesh Ambani, proprietário da equipe que faz parte de seu conglomerado Reliance Industries. Nos últimos 12 meses, sua fortuna saltou de US$ 10 bilhões para US$ 50 bilhões. Ambani é a 13ª pessoa mais rica do planeta, a mais rica da Índia e o dono de time esportivo com o bolso mais recheado no mundo.
Gigante do petróleo e do gás, a Reliance tem receita de US$ 60 bilhões. Fundada pelo pai de Ambani, Dhirubhai, em 1966 como uma pequena fábrica têxtil, a empresa expandiu sua atuação para os setores de petróleo e gás, refino, varejo e telecomunicações. Nesse setor, o serviço telefônico Jio, parte do conglomerado, alcançou uma base de 280 milhões de clientes, aos quais oferece chamadas de voz domésticas gratuitas, serviços de dados acessíveis e smartphones virtualmente gratuitos. As ações da empresa subiram 35% no último ano, puxando para cima o patrimônio de Ambani.
Assim, Ambani resistiu à crise pela qual muitos bilionários passaram no ano passado. De acordo com a última contagem da Forbes, há 2.153 bilionários ao redor do mundo, com uma fortuna combinada de US$ 8,7 trilhões — menos bilionários, concentrando uma fortuna menor, a segunda redução em ambos os números nos últimos 10 anos.
De modo geral, os donos de times esportivos se saíram melhor que os demais bilionários. Dos 20 proprietários mais ricos, 13 têm uma fortuna em ascensão, e cinco, um patrimônio em decréscimo. O total de executivos do ramo do esporte é de 58 — entre grandes acionistas e gerentes — em 70 equipes com uma receita de US$ 359 bilhões.
Dono do time de basquete Los Angeles Clippers, Steve Ballmer segue na segunda posição do ranking, como o mais rico proprietário de uma equipe esportiva nos Estados Unidos. Sua fortuna teve um aumento de 7% no ano passado, batendo a marca de US$ 41,2 bilhões. CEO de longa data da Microsoft, ele se aposentou em 2014, mesmo ano em que comprou os Clippers, mas manteve a maior parte de suas ações na gigante de software, estratégia que valeu a pena. Os papeis da Microsoft dobraram nos últimos quatro anos, assim como o patrimônio de Ballmer. O executivo também ampliou seu investimento em filantropia desde 2014, dedicando mais de US$ 2 bilhões para um fundo com foco em tirar norte-americanos da pobreza.
Dietrich Mateschitz, é o terceiro dono de time esportivo mais rico, com US$ 18,9 bilhões. Em 1987, ele cofundou a Red Bull, fabricante de bebida energética que vendeu 6,8 bilhões de latas só no ano passado. A participação atual de Mateschitz na empresa é de 49%. A Red Bull hoje detém três equipes: o New York Red Bulls, de futebol, a Red Bull Racing e a Red Bull Toro Ross Honda, ambos de Fórmula 1.
Completando o Top 5, vêm Hasso Plattner, dono da equipe de hóquei San Jose Sharks, com fortuna de US$ 13,5 bilhões, e Roman Abramovich, do clube de futebol Chelsea, com patrimônio de US$ 12,4 bilhões.
Entradas e saídas
Executivos que não apareceram no ranking deste ano foram Paul Allen, Richard Devos e Tom Benson. Os três — proprietários de longa data de times da liga de basquete NBA e de futebol americano NFL — morreram nos 12 últimos meses.
Dois nomes que estrearam na lista de 2019 foram David Tepper e Robert Pera. Tepper, titã dos fundos hedge que antes tinha participação minoritária no Pittsburgh Steelers, comprou o Carolina Panthers de Jerry Richardson por US$ 2,3 bilhões em julho do ano passado. Após a morte de Allen, Tepper se tornou o proprietário de time mais rico da NFL, com fortuna de US$ 11,6 bilhões e a sexta colocação do ranking.
Já Pera comprou o Memphis Grizzlies em 2012 em sociedade com os executivos Stephen Kaplan e Daniel Straus e, no ano passado, adquiriu a parte dos sócios em um acordo de US$ 1,3 bilhão. Os Grizzlies perderam pela segunda temporada seguida, mas a fortuna de Pera deu um salto de 60%, alcançando US$ 6,9 bilhões, graças à elevação no preço das ações da empresa de equipamentos de rede que Pera fundou, a Ubiquiti Networks.
Ao todo, existem 106 times esportivos ao redor do mundo com valor de pelo menos US$ 1 bilhão. Veja, a seguir, os 20 proprietários de times esportivos mais ricos do mundo: