Resumo:
- Poucas questões são mais importantes do que a abertura dos mercados financeiros chineses a bancos e investidores internacionais, diante das negociações entre os EUA e a China;
- Na edição 2019 do ranking Global 2000 da Forbes, o Industrial and Commercial Bank of China (ICBC) ficou em 1° lugar como a maior empresa e banco do mundo;
- O JPMorgan Chase tomou o lugar do China Construction Bank como a 2a maior instituição financeira;
- Os brasileiros Itaú Unibanco e Banco Bradesco aparecem no Top 100.
Com o presidentes Donald Trump e Xi Jinping às voltas de um amplo acordo comercial após várias rodadas de negociações, poucas questões são mais importantes do que a abertura dos mercados financeiros chineses a bancos e investidores internacionais. Como ambos continuam a trabalhar para chegar a um consenso, as instituições norte-americanas seguem invadindo o domínio global da China sobre o mercado bancário. No edição 2019 do ranking Global 2000 da Forbes, o JPMorgan Chase tomou o lugar do China Construction Bank como a segunda maior empresa e instituição financeira do mundo. O Industrial and Commercial Bank of China (ICBC) ficou em 1o lugar novamente este ano.
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O Bank of America ficou com a 5a posição devido à sua força nas finanças e a uma capitalização de mercado de US$ 272 bilhões, atrás do Banco Agrícola da China, que ocupa o 4° lugar. As ações em baixa da Wells Fargo e as restrições administradas pelo Federal Reserve (o banco central norte-americano) no crescimento dos ativos fez com que a entidade caísse do 7º para o 10º lugar na lista deste ano. O Citigroup, por outro lado, foi o maior ganhador do setor bancário ao escalar 360 posições e chegar ao 14º lugar. Nenhuma das outras instituições da China, como o Bank of China (8°), China Merchants Bank (31°), Bank of Communications (39°) ou o Industrial Bank (55°) tiveram grande impulso este no.
A China, segunda maior economia do mundo, é vista pelos investidores e executivos globais como uma oportunidade de longo prazo para os bancos em todo o mundo. Com o tempo, a entrada de capital estrangeiro pode ajudar a criar mercados sofisticados de títulos corporativos que aliviem o ônus dos bancos estatais chineses e proporcionem às corporações da região estruturas de capital mais flexíveis. Em outubro, a China sinalizou a disposição de aceitar cada vez mais a influência estrangeira ao permitir que este grupo tenha uma participação majoritária de 51% em empresas de valores mobiliários, gestoras de investimentos e provedores de seguro de vida.
Banqueiros como Jamie Dimon, do JPMorgan, têm observado atentamente a potencial abertura do sistema bancário e dos mercados de capitais chineses para estrangeiros, e querem construir negócios no país organicamente, em vez de formar parcerias. Antes da crise financeira, instituições como Goldman Sachs, Morgan Stanley e Bank of America detinham joint ventures com propriedade minoritária com bancos, como o China Construction Bank e o ICBC, mas a maioria já foi dissolvida.
Em novembro, a UBS (95° lugar) foi a primeira gigante bancária global a ser aprovada para um empreendimento majoritário na China. “O crescimento do nosso negócio no país é um elemento fundamental da nossa estratégia. A abertura adicional do setor financeiro na China representa grandes oportunidades para nossos negócios de gestão de patrimônio, de ativos e banco de investimento”, disse o CEO Sergio Ermotti na época. “Desde que estabelecemos nossa presença em 1989, estamos na vanguarda do investimento estrangeiro na China. Esta etapa enfatiza nosso compromisso de longo prazo com esse mercado e continuaremos buscando oportunidades.”
Fora da China, há perspectivas misturadas para os titãs bancários. A decisão do Federal Reserve de suspender seu programa de taxas de juros vai custar aos grandes seis credores dos Estados Unidos bilhões em potenciais lucros, à medida que o aumento da receita líquida com ágio em seus balanços patrimoniais diminuirá. Na Europa, as perspectivas financeiras permanecem misturadas e o Banco Central Europeu está muito distante dos aumentos das taxas de juros que levaram à duplicação de muitas ações de bancos nos EUA após a eleição do presidente Trump.
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A Alemanha é um ponto problemático. O Deutsche Bank, o maior credor da Europa, ocupa o 547° lugar na lista devido ao seu pequeno lucro anual de US$ 341 milhões e ao valor de mercado de US$ 15 bilhões. O Brexit continua a incomodar os bancos do Reino Unido, onde o HSBC lidera o ranking com a 21a posição. O Royal Bank of Scotland caiu para o 185º lugar e, duas posições depois, está o Barclays. Os bancos japoneses Mitsubishi UJF (43°), Sumitomo Mitsui Financial Group (67°) e Mizuho Financial (125°) perderam terreno no ranking.
O Canadá possui três bancos no Top 100: RBC (41°), Toronto-Dominion Bank (46°) e Bank of Nova Scotia (87°). O Brasil classificou três instituições financeiras: o Itaú Unibanco (58°), Banco Bradesco (68°) e o Banco do Brasil (154°). O espanhol Santander (30°), o francês BNP Paribas (34°), o russo Sberbank (47°), o Commonwealth Bank (79°) e o suíço UBS (95°) também alcançaram o Top 100 da Global 2000 de 2019.
Veja, na galeria de fotos abaixo, os 10 maiores bancos do mundo – e os brasileiros -, de acordo com a classificação geral do Forbes Global 2000:
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Getty Images Industrial and Commercial Bank of China
País: China
CEO: Shu Gu
Valor de mercado: US$ 305,06 bilhões
Posição geral na lista: 1 -
Getty Images JPMorgan Chase
País: Estados Unidos
CEO: Jamie Dimon
Valor de mercado: US$ 368,5 bilhões
Posição geral na lista: 2 -
Reprodução 7. China Construction Bank
País: China
Vendas: US$ 199,8 bilhões
Lucro: US$ 47 bilhões
Ativos: US$ 5,4 trilhões
Valor de mercado: US$ 187,5 bilhões -
Reprodução Banco Agrícola da China
País: China
CEO: Huan Zhao
Valor de mercado: US$ 197,05 bilhões
Posição geral na lista: 4 -
Anúncio publicitário -
Getty Images Bank of America
País: Estados Unidos
CEO: Brian Moynihan
Valor de mercado: US$ 287,34 bilhões
Posição geral na lista: 5 -
Getty Images Bank of China
País: China
CEO: Chen Siqing
Valor de mercado: US$ 142,96 bilhões
Posição geral na lista: 8 -
Getty Images Wells Fargo
País: Estados Unidos
CEO: C. Parker
Valor de mercado: US$ 214,68 bilhões
Posição geral na lista: 10 -
Getty Images Citigroup
País: Estados Unidos
CEO: Michael Corbat
Valor de mercado: 161,11 bilhões
Posição geral na lista: 14 -
Getty Images HSBC Holdings
País: Reino Unido
CEO: John Flint
Valor de mercado: US$ 175,46 bilhões
Posição geral na lista: 21 -
Getty Images Santander
País: Espanha
CEO: José Antonio Álvarez
Valor de mercado: US$ 84,08 bilhões
Posição geral na lista: 30 -
Reuters Itaú Unibanco
País: Brasil
CEO: Candido Bracher
Valor de mercado: US$ 80,78 bilhões
Posição geral na lista: 58 -
Reuters Banco Bradesco
País: Brasil
CEO: Octávio Lazari
Valor de mercado: US$ 70,7 bilhões
Posição geral na lista: 68 -
Reuters Banco do Brasil
País: Brasil
CEO: Ruben Novaes
Valor de mercado: US$ 34,47 bilhões
Posição geral na lista: 154
Industrial and Commercial Bank of China
País: China
CEO: Shu Gu
Valor de mercado: US$ 305,06 bilhões
Posição geral na lista: 1
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