Mas nosso levantamento mostra que o negócio do basquete ainda está quentíssimo. Os valores de franquias da NBA continuam a subir – um aumento de 14% no ano passado, para uma média de US$ 2,12 bilhões. Para efeito de comparação, o incremento anual nas equipes da NFL foi de 11% e na Major League Baseball de 8%, com valores médios de US$ 2,86 bilhões e US$ 1,78 bilhão, respectivamente. Os valores da NBA subiram quase seis vezes na última década.
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“As bases da NBA ainda são fortes e a liga é extremamente bem administrada”, diz Sal Galatioto, presidente da empresa de consultoria e finanças esportivas Galatioto Sports Partners. “Ela sofreu com alguns obstáculos, mas ainda é um conteúdo de mídia muito poderoso e o principal esporte internacional depois do futebol.”
Considere duas transações de 2019. O cofundador do Alibaba, Joseph Tsai, concordou em comprar o Brooklyn Nets por US$ 2,35 bilhões em 2018, pagos ao longo de três anos, mas acelerou o negócio em agosto e adicionou os direitos operacionais do Barclays Center em um acordo de US$ 3,3 bilhões para a equipe e a arena. Um mês depois, Michael Jordan anunciou planos de vender cerca de 20% do Charlotte Hornets a Gabe Plotkin e Daniel Sundheim. O acordo avaliou a equipe em US$ 1,5 bilhão, contra US$ 175 milhões em 2010, quando Jordan comprou o controle majoritário do clube.
Fatores não relacionados ao basquete também estão em jogo. Com o S&P 500 subindo 80% nos últimos cinco anos, as equipes da NBA continuam sendo uma opção de diversificação para aqueles que procuram reduzir suas participações acionárias. As altas avaliações do mercado de ações ajudaram a aumentar os preços das equipes. Comprar um time também pode ser um grande alívio nos impostos, uma vez que a legislação tributária geralmente exige que o valor de compra de uma empresa alocado para intangíveis (geralmente a grande maioria das aquisições de equipes esportivas) seja amortizado em 15 anos. Tais deduções podem compensar outros lucros tributáveis.
Além disso, as equipes de Nova York e Los Angeles estão buscando grandes múltiplos de receita. Lembre-se de que Steve Ballmer pagou 14 vezes a receita do Los Angeles Clippers em 2014. Tsai pagou 11 vezes a receita do Nets. O múltiplo de receita que o bilionário Tilman Fertitta pagou pelo Houston Rockets em 2017 foi de sete, valor relativamente baixo.
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Embora apenas duas equipes tenham mudado de mãos nos últimos quatro anos, a demografia da NBA e as perspectivas internacionais a tornam uma propriedade atraente para potenciais compradores. A NFL continua sendo o esporte mais popular da América, com valores de TV que causam inveja em qualquer outra liga profissional. Os jogos da NFL representaram 41 dos 50 programas mais assistidos em 2019. No entanto, à medida que a exibição gravita com força para um mundo centrado em streaming, a população mais jovem da NBA será essencial. A média de idade da audiência da NBA é de 43 versus 52 para a NFL e 59 para a MLB (liga de beisebol norte-americana), de acordo com informações da Nielsen. A visualização de transmissões de jogos da NBA na “ESPN” e na “TNT” aumentou mais de 30% nesta temporada.
“Analisar o histórico de índices da NBA somente nesta temporada é leviano. É uma amostra pequena. Esta é uma liga que gera conteúdo o ano todo, com histórias ao longo de 12 meses”, diz o consultor de mídia esportiva Lee Berke, da LHB Sports. “Os próximos contratos de mídia da NBA serão um conjunto de acordos substancialmente mais evoluídos por causa do streaming. Haverá uma gama crescente de empresas de mídia que desejam a NBA para os EUA e o mundo todo.” O atual acordo de US$ 2,7 bilhões por ano da NBA com as duas redes termina na temporada 2024-2025, e Berke espera que a próxima negociação quase dobre em valor.
Uma pesquisa recente com 2.000 executivos de negócios esportivos da empresa de análise MarketCast identificou a liga esportiva favorita dos EUA por faixas etárias. A NFL é dominante entre os fãs de mais de 35 anos, superando a NBA por uma margem maior do que 10 para 1. Mas a NBA é a favorita entre o público de 18 e 34 anos, 41% contra 38%, e deixa a NFL para trás entre o público de 13 e 17 anos, com uma liderança de 57% contra 13%. A MLB registra escassos 4% entre os adolescentes.
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A China continua sendo um mercado importante para o futuro da NBA, como testemunhado pelo acordo de US$ 1,5 bilhão assinado com a Tencent no verão passado. A liga está trabalhando para facilitar o relacionamento com seus parceiros chineses de TV e patrocínio. A maioria dos executivos de negócios esportivos acha que o tuíte de Morey terá pouco impacto a longo prazo nos negócios da NBA na China.
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