Bilhões de espectadores. O apoio moral das nações. Semanas de grande cobertura da mídia em todo o mundo. A glória olímpica é um sonho que se torna realidade para quase todos os atletas que a alcançam, mas poucos o fazem por dinheiro, e certamente não é uma maneira fácil de ficar rico.
Pagar por treinadores, tempo de instalação e equipamentos de última geração que podem custar dezenas de milhares de dólares pode transformar a chance de competir no cenário mundial em um poço de dinheiro. Para alguns, o custo de uma viagem para a Olimpíada pode ser tão alto que eles recorrem às campanhas do GoFundMe para ajudar a pagar suas despesas. Em 2016, milhares de pessoas doaram US$ 750 mil para ajudar a financiar as viagens de mais de 140 atletas. Ganhar também ajuda a custear parte dos custos, com cada medalhista de ouro dos EUA levando para casa US$ 37,5 mil, medalhistas de prata US$ 22,5 mil e de bronze US$ 15 mil. Mas a maioria fica aquém.
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Embora alguns campeões sejam apoiados por acordos lucrativos de patrocínio – incluindo dois atletas olímpicos que retornam, a ginasta norte-americana Simone Biles e a nadadora Katie Ledecky – e por isso chegam com uma possibilidade maior de vitória, a maneira mais provável de deixar Tóquio como vencedor neste verão é contar com alguma sorte inesperada. Isso porque, graças a uma decisão tomada décadas atrás – que permite aos atletas profissionais competir –, os Jogos deste ano receberão, mais uma vez, não apenas aspirantes às competições, mas também alguns dos atletas mais bem pagos do mundo.
Entre os maiores ganhadores previstos para estar em Tóquio estão três jogadores de tênis profissionais, um jogador de golfe e cinco jogadores da NBA (dois a menos que na semana passada, com uma lesão e protocolos Covid-19 já forçando um par da equipe dos EUA a desistir; as finais da NBA, ainda em jogo, pode nocautear alguns outros antes mesmo do início dos Jogos).
Metodologia
Para compilar esta lista, a Forbes rastreou a receita coletada entre 1° de maio de 2020 e 1° de maio de 2021, com base em conversas com membros do setor. Os números dos ganhos, que são arredondados para o meio milhão mais próximo, incluem tanto a receita no campo (de prêmios em dinheiro, salários e bônus) quanto a receita fora de campo (de patrocínios, taxas de participação e acordos de licenciamento). Os números da NBA refletem um corte de 20% nos salários-base dos jogadores para compensar o ajuste de depósito pandêmico da liga para a temporada atual. Outras informações sobre a metodologia podem ser encontradas aqui.
Confira na galeria abaixo os nove atletas olímpicos mais bem pagos que viajaram para Tóquio que, juntos, faturaram US$ 353 milhões no ano passado:
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Ethan Miller/Getty Images 1. Kevin Durant
Lucro total: US$ 75 milhões
Nacionalidade: Estados Unidos
Esporte: Basquetebol
Idade: 32 anosO atacante estrela do Brooklyn Nets, Kevin Durant, que já tem duas medalhas de ouro olímpicas em seu currículo, viu seus investimentos fora das quadras rivalizarem com seu jogo prolífico. O bicampeão da NBA é o mais recente magnata da multimídia da liga com a rede de mídia Boardroom, uma participação na Philadelphia Union da MLS e sua própria empresa de capital de risco, a Thirty Five Ventures. Esta é a segunda vez que Durant lidera a equipe dos EUA sem LeBron James ou Kobe Bryant, que foi aos Jogos Olímpicos pela última vez em 2012. É a terceira participação olímpica de Durant, com a expectativa de levar a equipe dos EUA ao quarto ouro consecutivo tendo no elenco vários atletas olímpicos estreantes.
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Tim Clayton/Getty Images 2. Naomi Osaka
Lucro total: US$ 60 milhões
Nacionalidade: Japão
Esporte: Tênis
Idade: 23 anosPelo segundo ano consecutivo, Naomi Osaka quebrou recordes de ganhos para atletas femininas, superando a veterana Serena Williams e a ex-recordista Maria Sharapova. A jogadora de 23 anos – considerada a nova cara do tênis – ganhou US$ 55 milhões em patrocínios e US$ 5 milhões em prêmios em dinheiro em 12 meses. Com mais de 20 patrocinadores – incluindo recém-chegados como Google, Louis Vuitton, Workday e Levi’s – Naomi ocupa a 12ª posição na lista de atletas mais bem pagos da Forbes em 2021, com Serena chegando em 28º lugar. A campeã do Slam participou da primeira campanha da Barbie, este ano, como parte da linha de bonecas Role Model da marca, que atualmente está esgotada devido à alta demanda.
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Ethan Miller/Getty Images 3. Damian Lillard
Lucro total: US$ 40,5 milhões
Nacionalidade: Estados Unidos
Esporte: Basquetebol
Idade: 31 anosO armador do Portland Trailblazers e seis vezes All-Star da NBA, Damian Lillard, mostrou ao mundo dos esportes que ele não é apenas um artilheiro, mas um ímã de marketing. O jogador de 31 anos acumulou contratos de patrocínio com Adidas, Gatorade, Hulu e 2K Sports, entre outros. Em 2014, Lillard renegociou um novo contrato de dez anos com a Adidas no valor de US$ 100 milhões para sua linha de calçados mais vendida, Dame. Lillard, também conhecido por seu apelido de rap Dame D.O.L.L.A (Different On Levels the Lord Allows), lançou três álbuns de estúdio pela sua própria gravadora, a Front Page Music. O atleta olímpico, pela primeira vez, aparece tanto na trilha sonora de “Space Jam: A New Legacy” quanto no filme (no papel de Chronos).
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TFImages/Getty Images 4. Novak Djokovic
Lucro total: US$ 34.5 milhões
Nacionalidade: Sérvia
Esporte: Tênis
Idade: 34 anosO jogador mais bem classificado do mundo é o único membro dos Três Grandes do tênis masculino a aparecer na Olimpíada de Tóquio, após as recentes retiradas de Roger Federer e Rafael Nadal. Novak Djokovic manteve os fãs de tênis nervosos neste mês, com sua vitória de retorno em Wimbledon sobre Matteo Berrettini, empatando com Federer e Nadal no maior número de vitórias, foram 20, de Grand Slam na carreira – empate que ele planeja romper completando o calendário-ano com o Grand Slam no US Open em setembro. O líder do prêmio, em dinheiro, no tênis levou para casa US$ 2,4 milhões com sua vitória em Wimbledon, para adicionar a um total de ganhos já impressionante. Fora das quadras, o astro sérvio de 34 anos faturou US$ 30 milhões com acordos de patrocínio para empresas como Lacoste, Peugeot, NetJets e a fabricante austríaca de equipamentos de tênis Head.
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Oisin Keniry/Getty Images 5. Rory Mcilroy
Lucro total: US$ 32 milhões
Nacionalidade: Irlanda do Norte
Esporte: Golfe
Idade: 32 anosRory McIlroy, considerado um dos maiores nomes do golfe, ao lado de Tiger Woods e Phil Mickelson, também se tornou um dos jogadores mais comercializáveis do esporte. O jovem de 32 anos arrecadou US$ 29 milhões em 12 meses, em parceria com marcas como Nike, Omega e UnitedHealth Group. O maior prêmio no campo de McIlroy até o momento foi de US$ 15 milhões por vencer a FedEx Cup 2019. Ele também alcançou um grande sucesso naquele ano, após fundar o GolfPass com a NBCSports, um pacote de streaming por assinatura digital de US$ 10, por mês, com instruções exclusivas do próprio jogador de golfe.
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Jonathan Daniel/Getty Images 6. Devin Booker
Lucro total: US$ 30,5 milhões
Nacionalidade: Estados Unidos
Esporte: Basquete
Idade: 24 anosO super astro da NBA, Devin Booker, conquistou o mundo do basquete catapultando o Phoenix Suns para o topo da liga, com a ajuda do rejuvenescido Chris Paul. No entanto, a primeira perseguição de Booker ao campeonato pode frustrar seus sonhos olímpicos: se as finais da NBA chegarem ao sétimo jogo em 22 de julho, para ele será uma escolha complicada entre descansar e estender uma temporada já longa. O detonador de 24 anos, que foi comparado ao falecido Kobe Bryant, tornou-se o jogador mais bem pago da história do Suns ao assinar um contrato de cinco anos e US$ 158 milhões em 2018. Duas vezes NBA All-Star ganha US$ 7 milhões fora das quadras, com seus patrocinadores, incluindo Nike e “Call of Duty”.
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Clive Brunskill/Getty Images 7. Kei Nishikori
Lucro total: US$ 30,5 milhões
Nacionalidade: Japão
Esporte: Tênis
Idade: 31 anosNa Olimpíada do Rio de 2016, Kei Nishikori conquistou o bronze, dando ao Japão a sua primeira medalha de tênis em 96 anos (uma seca não tão ruim quanto parece, já que o esporte foi retirado do programa olímpico depois de 1924 e não voltou até 1988). Isso se seguiu a outra grande conquista no Aberto dos Estados Unidos de 2014, onde ele se tornou o primeiro jogador asiático da história a chegar a uma final masculina do Grand Slam. O jovem de 31 anos ganha US$ 30 milhões em patrocínios de marcas como Japan Airlines, Lixil e Nissin – todas listadas como parceiras olímpicas oficiais. Jogando em sua casa no Japão, Nishikori deve ser uma das faces dos Jogos de Tóquio.
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Steven Ryan/Getty Images 8. Khris Middleton
Lucro total: US$ 27 milhões
Nacionalidade: Estados Unidos
Esporte: Basquete
Idade: 29 anosComo seu oponente das finais da NBA, Devin Booker, o swingman de Milwaukee Bucks, Khris Middleton, disse que pretende jogar na Olimpíada e está listado na equipe dos EUA. Mas seu status pode mudar se as finais da NBA se estenderem para sete jogos, o que deixaria a série encerrada em 22 de julho, apenas um dia antes da cerimônia de abertura em Tóquio. Middleton voltou a assinar com o Bucks, em 2019, um contrato de cinco anos: US$ 178 milhões, após consolidar sua posição como a opção número 2 do time, atrás de Giannis Antetokounmpo. O duas vezes NBA All-Star, de 29 anos, tem parcerias com a Nike, Verizon, Panini e Unilever, mas ganha quase todo o seu dinheiro na quadra.
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Kevin C.Cox/Getty Images 9. Jrue Holiday
Lucro total: US$ 23 milhões
Nacionalidade: Estados Unidos
Esporte: Basquetebol
Idade: 31 anosDoze anos após o início de sua carreira na NBA, Jrue Holiday está escalado para representar a equipe dos EUA pela primeira vez em Tóquio. A única coisa em seu caminho é a batalha das finais da NBA do Bucks com o Suns. O guarda, de 31 anos, tem um portfólio de patrocínios de US$ 2 milhões que inclui negócios com a Nike, Microsoft, ONYX, Momentous, Amp e Panini. No início deste ano, ele concordou em ficar em Milwaukee, em uma extensão de contrato de quatro anos no valor de pelo menos US$ 134 milhões.
1. Kevin Durant
Lucro total: US$ 75 milhões
Nacionalidade: Estados Unidos
Esporte: Basquetebol
Idade: 32 anos
O atacante estrela do Brooklyn Nets, Kevin Durant, que já tem duas medalhas de ouro olímpicas em seu currículo, viu seus investimentos fora das quadras rivalizarem com seu jogo prolífico. O bicampeão da NBA é o mais recente magnata da multimídia da liga com a rede de mídia Boardroom, uma participação na Philadelphia Union da MLS e sua própria empresa de capital de risco, a Thirty Five Ventures. Esta é a segunda vez que Durant lidera a equipe dos EUA sem LeBron James ou Kobe Bryant, que foi aos Jogos Olímpicos pela última vez em 2012. É a terceira participação olímpica de Durant, com a expectativa de levar a equipe dos EUA ao quarto ouro consecutivo tendo no elenco vários atletas olímpicos estreantes.
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