“A empresa rejeita, por unanimidade, a proposta, pois £ 42,15 por ação ainda está muito abaixo dos valores da SABMiller”, declarou a companhia, via comunicado.
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Esta foi a terceira proposta de compra do grupo desde o meio de setembro. A SABMiller, com sede em Londres, já rejeitou ofertas de £ 38 e £ 40 por ação. Mas a AB InBev não parece disposta a desistir. Segundo a empresa, a fusão das multinacionais poderia criar uma receita anual de US$ 64 bilhões e lucros EBITDA, antes da dedução de impostos, de US$24 bilhões, o que supera as vendas da Coca-Cola, iguala-se a Unilever e PepsiCo e fica atrás apenas de Nestlé e a P&G no setor.
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Além disso, ainda de acordo com a AB InBev, a união também aumentaria a exposição da marca em mercados emergentes, particularmente no continente africano, onde é esperado que o PIB cresça de forma considerável nos próximos anos.
A SABMiller, com matriz em Londres, é a segunda maior do mundo e tem marcas como Coors Light, Miller Light, Blue Moon, Peroni, Nastro Azzurro e Grolsch. Foi criada em 2002, quando a South African Breweries adquiriu a Miller Brewing Company, a segunda maior empresa de cervejas dos Estados Unidos.
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Uma fusão entre as duas gigantes tem sido tema de especulação há anos. O maior acionista da AB InBev é a empresa de ativos privados brasileira 3G Capital, conhecida por adquirir negócios, baixar custos e buscar expansão global. Ainda esse ano, a 3G Capital, do trio de bilionários brasileiros Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Herrmann Telles estava por trás da fusão entre a Kraft e a Heinz.