Efraim Horn, copresidente da Cyrela, diz que o mercado de luxo não sente impactos de crise

1 de outubro de 2015

 

Letícia Moreira

“No mercado de luxo, desde que se tenha um bom negócio, não se sentem os impactos do momento difícil para a economia.” As palavras são de Efraim Horn, copresidente da Cyrela, incorporadora e construtora de imóveis residenciais de luxo.

“Um bom negócio quer dizer oferecer um produto, seja ele físico ou uma experiência, que faça com que as pessoas tenham vontade de comprar”, argumenta. “Esse produto tem de ter um preço acessível para seu público, seja ele qual for. “

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O principal motivo pelo qual imóveis de alto luxo não sentem os impactos de uma crise econômica, na opinião de Horn, é que é muito difícil conseguir terrenos com as proporções necessárias para esse tipo de empreendimento em bairros nobres. Para adquirir a área total necessária no bairro paulistano Vila Olímpia para o OneSixty, novo empreendimento da Cyrella, por exemplo, foi preciso comprar parte a parte, em um processo que durou anos. Assim, a demanda acaba sendo significativamente maior do que a oferta.

“Do ponto de vista de mercado, como um todo, é inegável que existe um ritmo muito mais lento em relação aos últimos dez anos. Quem disser algo diferente é mentiroso”, explica. Mas, para Horn e sua empresa, nem a alta do dólar parece um problema. O copresidente diz que a Cyrela não sentiu impacto nos custos de produção.

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Além disso, segundo Horn, imóveis que custam mais de R$ 750.000 não sofrem com os efeitos dos altos juros do crédito, já que este não é um recurso utilizado pelo público desse tipo de produto.