Conheça Ricardo Sangion, o comandante do Pinterest no Brasil

31 de dezembro de 2016

Ricardo Sangion foi o primeiro a assumir o desafio de fazer o Pinterest decolar no Brasil (Carol Carquejeiro)

Desde muito jovem, Ricardo Sangion, hoje aos 40 anos, não escondia sua admiração pelo pai, sempre envolvido no mundo corporativo. Mas nunca teve ambição por correr em busca de cargos e títulos. Nem precisava. Eles viriam naturalmente, atrás de seu talento como um verdadeiro midas das redes sociais.

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Em 2010, foi o primeiro contratado pelo Facebook no país. “Minha missão era expandir a rede, que tinha só 5 milhões de usuários, contra os 40 milhões do Orkut. Em 2012, quando saí de lá, o Facebook já estava com mais de 80 milhões de inscritos”, conta. Com um cartão de visitas desse porte, logo Ricardo recebeu proposta para gerenciar a área de desenvolvimento de negócios e estratégias na Microsoft. Em 2014, achou que era hora de assumir outro desafio: fazer o Pinterest, rede de compartilhamento de fotos, decolar no Brasil.

A rede social, que tem 150 milhões de seguidores ativos no mundo, contava com pouquíssimos brasileiros inscritos. Muitos nem sequer conheciam a plataforma. Hoje, cerca de 1,3 milhão de ideias são “pinadas” diariamente no país. Ricardo quer mais: investe para que o brasileiro conheça, compreenda e utilize o Pinterest como “ferramenta de referências e inspirações”. Quer também uma fatia do faturamento global de quase R$ 1 bilhão previsto para 2016. Os assuntos favoritos do público, aqui, são moda, bebidas e comidas, beleza, decoração e DIY (do it yourself).

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Como prova de desapego pelo status de executivo, Ricardo costuma dividir seu tempo com várias outras empreitadas – como o Bar Brejas, em Campinas; o Brejas.com.br, site que comanda pessoalmente e que soma 660 mil visualizações mensais; e a pousada Marauba Beach House, na Bahia. O rótulo de empreendedor também não o agrada. “Gosto da escola que o mundo executivo possibilita. Hoje, com o Pinterest, temos uma escala de alcance mundial. São aprendizados que os negócios pessoais não proporcionam. O ideal, para mim, é levar tudo concomitantemente, exatamente como tem sido.”