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A preocupação com a invasão dos carros também orbita o setor público. O departamento que regulamenta o trânsito nas rodovias dos Estados Unidos lançou um documento com diretrizes sobre como deve ser a arquitetura do sistema digital de um automóvel, com o intuito de impedir o acesso de terceiros. Entre tais recomendações estão desde a separação dos sistemas eletrônicos de entretenimento e de funcionamento do automóvel até o fechamento das entradas do conjunto digital após o carro atingir uma velocidade elevada.
Oficialmente, ainda não houve um ataque cibernético a carros com computador de bordo e serviços de entretenimento com acesso à internet. O relato mais conhecido é do teste realizado pela revista de tecnologia “Wired” em 2015, nos Estados Unidos. Na simulação, os hackers Charlie Miller e Chris Valasek tiveram acesso remoto ao sistema de entretenimento de um Jeep Cherokee no qual estava o jornalista Andy Greenberg.
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O automóvel estava em uma rodovia, enquanto os piratas digitais encontravam-se em suas residências, há quilômetros de distância. Inicialmente, Miller e Valasek controlaram o rádio e o ar-condicionado do veículo. Posteriormente, cortaram a transmissão no meio da estrada, deixando o jornalista apavorado.
O contraponto
Em um artigo publicado na revista “Scientific American”, o crítico de tecnologia David Pogue colocou o teste de Miller e Valasek em xeque ao afirmar que é praticamente impossível hackear um automóvel. Pogue classificou a divulgação da simulação pela revista “Wired” de “sensacionalista”.
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Pongue apontou, ainda, que Miller e Valasak fazem parte de uma equipe de pesquisadores a serviço das montadoras, encarregados de avaliar possíveis erros de programação e de melhorar a segurança dos dispositivos. O crítico ressaltou que eventuais falhas podem ocorrer, mas não as apontadas pelos hackers.