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O cofundador da empresa, Paul Dupuy, descreveu Marie como uma visionária. “É muito raro encontrar, ao longo da vida, pessoas que têm essa positividade, ideias tão boas e capacidade para reunir as pessoas. Em termos de visão, eu apenas sigo a Marie.”
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Marie nunca tinha trabalhado em uma startup ou construído um aplicativo, mas conhecia pessoas que já tinham feito isso. Ela entrou em contato com o cofundador de sua empresa atual, Dupuy, e perguntou se ele poderia ajudá-la com uma solução. “Nós estávamos pensando em desenvolver ferramentas para que os funcionários pudessem se encontrar dentro de grandes empresas, de forma a ficarem mais conectados e mais felizes no trabalho,” afirma Marie. E foi isso que eles fizeram.
Juntos, Marie e Dupuy construíram o Never Eat Alone, um aplicativo com um modelo de negócios B2B (business to business) e B2C (business to consumer). Isso significa que ele é uma propriedade da companhia que o contratar e são permitidas cópias para cada um de seus funcionários. O Never Eat Alone gera dinheiro ao vender software como um serviço. No ambiente do aplicativo, cada funcionário tem um perfil para seu departamento e dentro da companhia, listando algumas hashtags sobre as atividades que gosta ou deseja aprender. Marie exemplifica dizendo que gosta de jogar tênis. “Nós temos um algoritmo de combinação. Se alguém também gosta de tênis na empresa, seu perfil vai aparecer no começo da tela principal e, em seguida, você tem a oportunidade clicar em ‘vamos almoçar?’ ou ‘vamos tomar um café?”, explica.
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Marie explica que convencer as empresas a usarem o aplicativo não foi algo fácil no começo. Historicamente, departamentos corporativos de recursos humanos não têm orçamentos para conexão. A jovem empreendedora está ajudando a mudar isso ao usar técnicas de vendas não-convencionais. Quando Marie encontra uma empresa que acredita que pode ajudar e não recebe resposta depois de abordar vários funcionários, ela tem uma abordagem mais direta e pessoal: escreve uma carta para o CEO expressando o quão importante é ter colaboradores mais conectados.
“Estamos no processo para trabalhar com a farmacêutica Sanofi”, conta Dupuy. “Marie enviou uma carta ao CEO, que a mandou para o CIO, que nos chamou e pediu para fazermos isso acontecer. Nós realmente faremos o que for preciso, pois acreditamos na nossa missão.”
Marie conquistou seus dois primeiros clientes corporativos em 2015 – agora, ela tem 60, incluindo a maioria das empresas da Fortune 500 (lista com as maiores corporações do mundo) na França. “Nós temos empresas na Suíça, como a Philip Morris, e também o Lloyd’s Bank no Reino Unido. Nós começaremos a trabalhar em breve em Nova York com a L’Oreal”, revela Dupuy. “Nesse ritmo, nós alcançaremos 200 clientes corporativos até o final do ano. Sempre escutamos que o que faz uma empresa não são as ideias, mas as pessoas. Nós vamos além disso. Dizemos que não são nem mesmo as pessoas, mas as conexões entre elas.”