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No que a companhia chamou de mudança na governança, os outros dois membros da família Gerdau que atualmente exercem funções executivas – Claudio Johannpeter e Guilherme Chagas Gerdau Johannpeter sairão do dia a dia da empresa para se dedicarem apenas ao conselho de administração, juntamente com Andre.
Durante a teleconferência, o atual presidente-executivo do grupo afirmou que a Gerdau não tem planos de mudança de segmento de listagem na bolsa, como migração para o Novo Mercado, nem planos de alterações nos membros do conselho de administração ou na estrutura societária do grupo em que a família Gerdau continuará a exercer seu controle sobre a siderúrgica por meio da holding.
Andre Johannpeter afirmou que a mudança na estrutura de comando da Gerdau estava sendo trabalhada há 12 meses e que agora os integrantes da família, incluindo ele, poderão se “focar mais na parte estratégica e planos de médio a longo prazo” do grupo.
Questionado se a mudança tem alguma relação com a operação Zelotes, da Polícia Federal, que apura denúncias de corrupção no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), Andre Johannpeter disse que a decisão não tem relação com as investigações.
“Estamos completando 11 anos [no comando da Gerdau]. Chegou a hora de colocarmos nosso foco em questões mais estratégicas e não no dia a dia da operação. A gente entende que esta mudança na governança vai ser muito boa para a companhia e para continuar nossa transformação”, disse o atual presidente-executivo do grupo. “Nosso papel como representantes do controlador tem muito mais valor na parte estratégica. A empresa fez importantes conquistas e a gente entende que a companhia está pronta para acelerar esta evolução”, acrescentou o executivo.
No processo anterior de mudança na governança da Gerdau, Andre Johannpeter assumiu o comando do grupo de então 105 anos de existência depois que a companhia contratou uma consultoria internacional que assessorou a empresa a escolher seu novo presidente-executivo durante quase um ano. O processo também envolveu análises internas.
Perguntado sobre a diferença com o processo anunciado nesta quinta-feira, Andre Johnnpeter afirmou que “os tempos mudaram, estão mais rápidos. A empresa está diferente e, no fim, chegamos à conclusão de que o Gustavo Werneck é a pessoa certa para acelerar toda a transformação da Gerdau”.
Por sua vez, Werneck afirmou que sua prioridade nos quatro meses que ainda restam para ele no comando das operações brasileiras da Gerdau é aproveitar “oportunidades interessantes” de captura de valor e de aumento da rentabilidade da unidade.