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A Air France-KLM terá cinco voos semanais para a Europa partindo de Fortaleza operados por sua nova companhia aérea de baixo custo, a Joon, e pela KLM, disse nesta segunda-feira aos jornalistas Jean Mark Pouchol, diretor da Air France-KLM para América do Sul.
As empresas não informaram valores a serem investidos no hub, que foi lançado dois anos depois de a rival Latam adiar os planos para ter seu próprio centro de distribuição de voos no Nordeste.
O governador do Ceará, Camilo Santana, afirmou que o Estado concedeu incentivos fiscais para que as empresas se decidissem pela criação do hub na capital do estado, cujo aeroporto foi concedido no início deste ano para a alemã Fraport.
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O presidente da Gol, Paulo Kakinoff, foi na mesma linha, afirmando que se a empresa tivesse optado pela criação do hub em Salvador ou Recife, os voos de e para a Europa teriam mais 30 minutos de operação que os de Fortaleza. Segundo ele, a diferença exigiria mais gasto com aeronaves e equipes de operação.
Kakinoff afirmou que o objetivo das empresas é permitir um tempo de conexão de passageiros “de menos de 1 hora” em Fortaleza e que a Gol vai começar a vender passagens no Brasil para a Europa em cerca de 30 dias.
O início da operação das empresas em Fortaleza, previsto para maio de 2018, permitirá que passageiros em Manaus ou Belém, ou mesmo no próprio Nordeste, não precisem viajar milhares de quilômetros até São Paulo ou Rio de Janeiro para se conectarem aos voos da companhia aérea europeia.
“Estamos ampliando nossas operações no Brasil pois estamos vendo a estabilização do câmbio e indicadores positivos para a economia e para a demanda por voos, sejam de lazer ou de negócios, depois de dois ou três anos de crise”, disse Pouchol. Segundo ele, a Air France-KLM tinha deixado de operar voos para a Europa a partir do Nordeste no início da década de 1990.
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As ações da Gol exibiam queda de 4,44% às 12h51. Os papéis não fazem parte do Ibovespa, que caía 1%. Na quinta-feira (21), as ações da empresa chegaram a avançar 9% antes de encerrarem o dia em alta de quase 4% depois a agência Bloomberg publicou comentários do presidente da norte-americana Delta, também sócia da Gol, sobre eventual aumento de participação na empresa aérea brasileira.
Kakinoff comentou que a partir de julho de 2018 a Gol começará a receber a versão MAX do Boeing 737 e que isso permitirá que a empresa comece a avaliar novos destinos internacionais. “O MAX tem até 14% mais de alcance do que a geração atual do 737, o que nos permitirá chegar a novos destinos, como à Flórida”, disse o presidente da Gol, ressaltando que a empresa ainda não se decidiu por lançar novos voos internacionais. “Entre fim de 2018 e início de 2019 vamos ver (se a empresa terá novos destinos)”, acrescentou.