LEIA MAIS: O que aprender com as startups: o ecossistema da inovação
Nesta terça-feira (7), a empresa criada em março de 2016 anunciou seu terceiro aporte, no valor de R$ 66 milhões, liderado pelo Goldman Sachs, que já havia investido na CargoX e participa do conselho de administração da empresa, e contou também com a participação de outros investidores, como Qualcomm e Soros.
Os novos recursos darão lastro para a expansão da CargoX pelo país e para investimentos em tecnologia, disse à Reuters o cofundador e presidente-executivo da empresa, Federico Vega. “A maior parte do dinheiro vai ser para contratar mais cientistas de dados e investir em mais tecnologias, como machine learning. Isso vai melhorar nossa capacidade de captar e processar informações.”
Atualmente, a CargoX tem cerca de 200 funcionários e uma rede de 150 mil motoristas cadastrados. O modelo do negócio foca em conectar caminhoneiros a quem precisa transportar cargas, reduzindo a ociosidade dos caminhões nas viagens de volta.
Um dos projetos da companhia é a obtenção de informações geradas pelo tráfego de caminhões para transformá-las em dados úteis para softwares de veículos autônomos. “A gente tem aberto nossa plataforma para pegar dados não somente do aplicativo do motorista, mas também do GPS do caminhão. Com todas essas informações, conseguimos mapear como seria o fluxo de caminhões do país”, disse Vega.
De acordo com o executivo, a companhia ainda está focada em crescimento, mas há possibilidade de obter lucro já em 2018. “A previsão é que tenha lucro até o final do ano que vem, a menos que a gente decida fazer outra rodada de investimentos para crescer mais”, afirmou o executivo.