China diz às gigantes de internet para aceitar as leis do país

18 de dezembro de 2017
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Google e Facebook estão bloqueadas na China, juntamente com o Twitter e a maioria dos principais veículos de notícias ocidentais (iStock)

O Google e o Facebook terão que aceitar a censura e as duras leis na China se quiserem acessar seus 751 milhões de usuários da internet, disseram autoridades chinesas em uma conferência em Genebra nesta segunda-feira (18).

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Ambas as gigantes de tecnologia estão bloqueadas na China, juntamente com o Twitter e a maioria dos principais veículos de notícias ocidentais.

“Essa é uma pergunta talvez nas mentes de muitas pessoas, por que o Google e o Facebook ainda não estão funcionando e operando na China”, disse Qi Xiaoxia, diretor-geral do Escritório de Cooperação Internacional da Administração do Ciberespaço da China (CAC).

No caso do Google, a empresa deixou a China por sua própria iniciativa em 2010. “Se eles quiserem voltar, nós acolheremos”, disse Qi ao Fórum de Governança da Internet na sede europeia da ONU. “A condição é que eles têm de cumprir as leis e os regulamentos chineses. E também não prejudicar a segurança nacional chinesa e os interesses dos consumidores nacionais”, disse Qi Xiaoxia.

O Partido Comunista da China reforçou a regulamentação cibernética no ano passado, formalizando novas regras que exigem que as empresas armazenem dados localmente e censurem ferramentas que permitem aos usuários burlar o “Great Firewall”, que restringe o acesso a sites e redes sociais estrangeiras, incluindo o Facebook e o Google.

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A rival Apple opera sujeita a censura rigorosa, tendo removido dezenas de aplicativos de mensagens populares e redes privadas virtuais (VPN, na sigla em inglês) da China App Store este ano para cumprir solicitações do governo.

“Somos da opinião de que o ciberespaço não é um espaço que não é governado. Precisamos administrar, supervisionar ou gerenciar a internet de acordo com a lei”, disse Qi.