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Em um edifício de 10 andares na região central da capital paulista, o Habitat já abriga cerca de 600 pessoas, entre criadores de startups, universitários, investidores, grandes empresas e os sócios do Bradesco em tecnologia, incluindo gigantes como IBM, Microsoft e Oracle.
O ambiente do Habitat, gerido pela empresa global de trabalho colaborativo WeWork, tem semelhanças com o Cubo, espaço criado pelo Itaú Unibanco em 2015, também em São Paulo, para abrigar e acelerar startups. Nas próximas semanas, o Cubo deve inaugurar um espaço quatro vezes maior, para até 210 startups.
Diferente do Itaú Unibanco, que vê o Cubo como um espaço independente e não tem, de início, planos de comprar participação ou mesmo usar inovações desenvolvidas no espaço para a própria instituição financeira, o Habitat foi, desde a gênese, pensado principalmente para alimentar a inovação no próprio Bradesco. “Queremos pescar no nosso aquário”, afirmou Minas.
Além disso, o Habitat deve abrigar startups em estágio mais avançado, próximas de oferecer produtos com alguma chance de escala no mercado, disse o executivo.
Em uma mostra da diferença entre os projetos, a startup de gestão de recursos por meio de robôs Vérios deixou o Cubo e passou a ser abrigada no Habitat.
O local vai abrigar, além das fintechs, startups de tecnologia, serviços médicos, turismo e educação, entre outras. O Bradesco também já acertou parcerias com as universidades Anima e Kroton para uso do espaço em projetos conjuntos.
De acordo com Minas, dada a crescente tendência de intersecção do setor financeiro com outros setores de serviços, esse desenho pode ser útil futuramente para o Bradesco, inclusive para ter pacotes de produtos mais integrados.
O movimento dos bancos brasileiros acontece na esteira da rápida multiplicação das fintechs, as plataformas digitais que oferecem serviços financeiros, ofertando produtos como crédito e meios de pagamentos.
Na segunda-feira (5), o BTG Pactual lançou seu programa de aceleração de startups, que vai se concentrar em empresas de nível mais maduro. O Banco do Brasil também estuda ter seu próprio hub de inovação.