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A expectativa da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) é que as vendas de carros e comerciais leves novos somem 2,5 milhões este ano, ante expectativa divulgada em janeiro de 2,43 milhões de unidades.
As estimativas foram revistas depois que as vendas de carros, comerciais leves, caminhões e ônibus subiram 32,2% em março ante fevereiro e 9,7% ante março de 2017, para 207.379 veículos.
O presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Júnior, afirmou que o comportamento das vendas de março “nos motivou a rever as projeções”. Segundo ele, a média diária de vendas de março foi de 13,6 mil veículos ante nível de 11 mil um ano antes. No trimestre, a venda diária foi de 7,8 mil veículos.
“A recuperação está ocorrendo de maneira gradual… Temos constatado mais confiança nos consumidores e menor inadimplência”, disse o presidente da Fenabrave a jornalistas. Entre os motivos para o otimismo da entidade está o primeiro trimestre com crescimento nas vendas de motocicletas desde 2011 e também forte expansão nas vendas de caminhões.
No caso de motos, os dados da Fenabrave indicam volta ao crescimento do segmento de baixa cilindrada, muito utilizado por profissionais de entrega de encomendas nos grandes centros. Segundo o vice-presidente Carlos Porto, a cada dez pedidos de financiamento de motocicleta apenas dois são aceitos pelos bancos. Mas é uma situação melhor que há um ano, quando o índice de aprovação era de 1,2.
“O emprego (formal) não voltou, mas está havendo um crescimento no emprego informal e as pessoas voltaram a procurar moto, além disso, os bancos estão mais maleáveis”, disse Porto, afirmando que o crescimento dos licenciamentos de motocicletas por ora está mais concentrado nas regiões Sul e Sudeste do país.
Já no segmento de caminhões, o presidente da Fenabrave chegou a comentar que é possível que as montadoras encontrem dificuldades em abastecer o mercado de pesados e extrapesados até o final do ano diante de uma conjunção de fatores que incluem manutenção de safra agrícola forte e limitações na capacidade produtiva de fornecedores de autopeças. Assumpção Júnior citou que mercados europeu e norte-americano de caminhões estão com demanda muito elevada e que as fábricas no Brasil dependem de muitos componentes que são importados de fornecedores em países como Estados Unidos, Alemanha e Japão, o que pode dificultar a oferta dessas peças no Brasil.
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“A cada cinco anos o caminhão acumula 1 milhão de quilômetros rodados e quando chega nesse ponto a transportadora tem que trocar para não elevar custos de manutenção. O último grande ciclo de compras ocorreu em 2013.”
No primeiro trimestre, as vendas de caminhões novos no Brasil subiram 51,7% sobre um ano antes, para 14,7 mil unidades. As vendas de ônibus subiram 40%, para 3,5 mil.