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Elliott e Vivendi travavam uma disputa há dois meses sobre a Telecom Italia, com o fundo norte-americano acusando a Vivendi de servir apenas aos seus próprios interesses e o grupo de mídia francês dizendo que o fundo estava procurando apenas por ganhos financeiros de curto prazo. A Telecom Italia controla a TIM no Brasil.
Cinco dos candidatos da Vivendi, incluindo o atual presidente-executivo da Telecom Italia, Amos Genish, e o presidente-executivo do grupo de mídia francês, Arnaud de Puyfontaine, permanecerão no conselho.
A grande questão agora é se Genish, um aliado da Vivendi e ex-presidente da Telefônica Brasil que é respeitado por Elliott, governo da Itália e outros investidores, vai decidir permanecer. A nova diretoria da Telecom Italia deverá se reunir na segunda-feira (7) para nomear um presidente-executivo e um presidente de conselho para a empresa.
“A votação de hoje representa uma vitória para todos os acionistas e abre um novo capítulo para a Telecom Italia, no qual a empresa poderá construir uma base administrativa aprimorada para garantir a criação de valor sustentável para todas as partes interessadas”, disse o Elliott em nota.
O fundo ativista lançou campanha para reduzir o controle da Vivendi sobre a Telecom Italia em março. O Elliot montou uma participação de 9% no grupo italiano para tentar abalar o modo como a Vivendi, que possui participação de 24%, administra a companhia italiana.
Genish definiu uma estratégia ambiciosa de três anos em março, que foi bem recebida pelos investidores. O executivo tem dito que sua posição seria “insustentável” se a Telecom Italia terminasse com um conselho de administração que não apoiasse sua estratégia.
Hoje, o fundo Elliott repetiu seu apoio a Genish e seus planos, acrescentando que ficará a critério do novo conselho e da diretoria avaliar se e quando realizar qualquer uma das iniciativas estratégicas que o próprio grupo propôs.
“É um sinal das mudanças que estão por vir”, disse Stefano Fabiani, gerente de fundos da Zenit SGR, que investe em ações da Telecom Italia.
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Ele disse que as ideias propostas pelo Elliott, incluindo spin-off, venda parcial da empresa de redes que será criada em breve, conversão de ações preferenciais, retorno aos dividendos e potenciais vendas de ativos “agora assumem um particular significado”.
Desde que se tornou acionista da Telecom Italia em 2015, a Vivendi gradualmente ampliou controle sobre o grupo, indicando a maioria do conselho no ano passado e seu próprio presidente-executivo como presidente do colegiado, tudo em nome da ambição do bilionário francês Vincent Bollore de criar um império de mídia no sul da Europa.
Dois presidentes-executivos da Telecom Italia deixaram a companhia por causa de confrontos com a Vivendi.
Questionado sobre o resultado da assembleia, o porta-voz da Vivendi afirmou: “Ficamos surpresos… Como um acionista com dinheiro do governo [italiano] pode votar junto com um fundo de hedge com visão de curto prazo?”.