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Mas sua bicicleta é um pouco diferente. A Arevo, startup que conta com a empresa de investimentos da agência de espionagem dos Estados Unidos (CIA), da qual Miller assumiu o comando recentemente, tem produzido o que diz ser a primeira bicicleta de fibra de carbono do mundo que tem o quadro impresso em 3D.
A Arevo levantou ontem (17) US$ 12,5 milhões em financiamento de risco de uma unidade das japonesas Asahi Glass e Sumitomo e da Leslie Ventures. Antes, a empresa tinha levantado US$ 7 milhões da Khosla Ventures, que também participou da rodada ontem, e um valor não revelado da In-Q-Tel, empresa de investimentos apoiada pela CIA.
Bicicletas de fibra de carbono tradicionais são caras porque o material é produzido à mão por meio da adição intercalada de camadas de fibra e resina. O produto final então é colocado em um forno para derreter a resina e unir as camadas de fibra.
A tecnologia da Arevo usa uma cabeça de impressão montada em um braço robótico para produzir o quadro da bicicleta em três dimensões. A cabeça deposita as fibras de carbono nos locais corretos e derrete um material termoplástico para colar as fibras, tudo em uma etapa.
O processo quase não envolve participação humana, permitindo a Arevo produzir quadros de bicicleta por US$ 300, mesmo no caro Vale do Silício.
“Estamos em linha com o que custa produzir um quadro na Ásia”, disse Miller. “Como o custo de trabalho é muito menor, podemos trazer de volta a produção dos compósitos.”
Miller afirmou que a Arevo está negociando com vários fabricantes de bicicletas, mas a companhia espera fornecer peças para a indústria aeroespacial. A tecnologia de impressão da empresa pode ser montada em trilhos para a produção de peças maiores, o que evita a necessidade de grandes fornos para produzi-las pelo processo tradicional.