BofA tem lucro acima do esperado no 2º tri

16 de julho de 2018
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Banco está sendo beneficiado por medidas recentes de reguladores e políticos para reduzir os impostos e elevar as taxas de juros

O Bank of America divulgou um lucro trimestral acima das expectativas, conforme o segundo maior banco dos Estados Unidos reduziu despesas e se beneficiou do crescimento em empréstimos e depósitos diante do fortalecimento da economia.

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O BofA, assim como outros concorrentes em Wall Street, está sendo beneficiado por medidas recentes de reguladores e políticos para reduzir os impostos e elevar as taxas de juros. Mas preocupações em torno da escalada da guerra comercial entre os Estados Unidos e China lançaram dúvidas em relação ao futuro crescimento dos empréstimos.

A carteira total de crédito do banco aumentou 2% no segundo trimestre, com os negócios de varejo e gestão de fortunas apresentando uma alta recorde de cerca de 7%.

Em comparação, a carteira principal do JPMorgan, que exclui empréstimos a pessoas físicas e para grandes empresas, avançou 7%. Já a do Citigroup teve crescimento de 5%.

“A sólida alavancagem operacional e atividade dos clientes conduziu os lucros para cima neste trimestre… Crescemos em empréstimos a pessoa física e comerciais; crescemos em depósitos”, afirmou o presidente-executivo do BofA, Brian Moynihan, em comunicado.

Os esforços de Moynihan para cortar custos e reduzir o tamanho das operações também estão surtindo efeito, com as despesas operacionais do banco caindo 5% no segundo trimestre.

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Às 12h48 (horário de Brasília), as ações do BofA subiam 2,4% na bolsa de Nova York.

O lucro líquido atribuído aos acionistas do BofA subiu 36,3% no segundo trimestre, para US$ 6,47 bilhões. Sem considerar itens extraordinários, o banco lucrou US$ 0,64 por ação, ante expectativa média de US$ 0,57 por ação, segundo levantamento Thomson Reuters I/B/E/S.

A receita, líquida de despesas com juros, caiu 1% no período, para US$ 22,76 bilhões. Um ano antes a receita incluiu ganho de US$ 793 milhões com a venda do negócios de cartões fora dos EUA.

Analistas esperavam uma receita de US$ 22,29 bilhões.