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Com o avanço, os investidores também acreditavam que o Banco Central brasileiro deve voltar a atuar com mais força no mercado de câmbio.
“O Fed colocou que os riscos se intensificaram para a economia dos EUA mas, em princípio, continuará subindo os juros“, afirmou o diretor da consultoria Wagner Investimentos, José Faria Júnior.
Os banqueiros centrais dos Estados Unidos discutiram se há uma recessão próxima e expressaram preocupações de que as tensões no comércio global poderiam atingir a economia norte-americana que, pela maioria dos indicadores, parecia forte, mostrou a ata da reunião realizada em 12 e 13 de junho, divulgada nesta tarde.
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“O mercado tende a ser defensivo”, afirmou Faria Jr., lembrando que amanhã (6) serão divulgados mais dados sobre mercado de trabalho dos Estados Unidos, conhecidos como “payroll”, o que também será importante para os investidores calibrem suas apostas sobre juros.
Ainda no exterior, os mercados também estavam atentos à guerra comercial e ao prazo de sexta-feira, quando os Estados Unidos devem adotar taxas sobre produtos chineses, o que deve gerar retaliações da China como resposta.
O dólar recuava cerca de 0,20% contra uma cesta de moedas, mas ganhava terreno sobre algumas moedas de países emergentes, como o peso chileno.
O Banco Central brasileiro ofertou e vendeu integralmente 14 mil swaps tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, para rolagem dos contratos que vencem em agosto, no total de US$ 14,023 bilhões.
Com isso, rolou o equivalente a US$ 2,8 bilhões do total que vence no próximo mês. Como tem feito recentemente, o BC não anunciou intervenção extraordinária no mercado de câmbio para este pregão, mas já havia especulações de que pode voltar a qualquer momento devido à alta cotação da moeda norte-americana.