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O dólar recuou 1,84%, a R$ 3,7739 na venda, acumulando retração de 2% na semana, a maior desde meados de fevereiro passado (queda de 2,45%).
Na mínima desta sessão, o dólar bateu em R$ 3,7586, com mais de 2% de baixa, após notícias de que líderes dos partidos do blocão, grupo formado por DEM, PP, PRB, PR e Solidariedade, decidiram fechar apoio ao pré-candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, mas a formalização do apoio depende ainda do “dever de casa” a ser feito pelas partes. Se concretizado, o apoio garante ao tucano bom espaço nas propagandas na TV.
Alckmin é visto pelo mercado financeiro como um político mais comprometido com os ajustes fiscais. Até então, as notícias indicavam que o blocão estava pendendo para Ciro Gomes, pré-candidato do PDT nas eleições de outubro.
“O apoio não significa vitória de Alckmin, nem muda de imediato seu desempenho, mas traz uma perspectiva mais animadora ao investidor e aos mercados”, afirmou o operador de câmbio da Advanced Corretora Alessandro Faganello.
A notícia do apoio a Alckmin acabou levando muitos investidores que estavam comprados em dólar (apostas na valorização da moeda norte-americana) a zerarem posições, o que fez a moeda bater a mínima do dia ainda pela manhã. Mas a cautela não foi totalmente deixada de lado.
“Entre a eleição e a Presidência tem um cara que é o eleitor”, afirmou o gestor de uma corretora estrangeira. “Se o acordo tiver efeito prático [resultar em intenção de votos], o mercado pode melhorar muito”, acrescentou.
O recuo do dólar ante outras moedas no mercado internacional foi outro fator que contribuiu para a trajetória doméstica. A divisa norte-americana tinha forte baixa ante uma cesta de moedas depois de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, expressar preocupação com uma moeda mais forte.
O Banco Central brasileiro ofertou e vendeu integralmente 14 mil swaps tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, rolando US$ 9,8 bilhões do total de US$ 14,023 bilhões dos contratos que vencem em agosto.