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A partir das 17h30 (horário de Nova York), os papéis da rede social caíram caíram 16%, para US$ 181,89, reduzindo em bilhões de dólares a fortuna de Zuckerberg. Pouco depois, às 17h48, a ação despencou para US$ 167, levando o patrimônio líquido do fundador da rede social a US$ 63,6 bilhões. Isso simboliza uma queda recorde de 22,8% (US$ 18,8 bilhões) na fortuna de Zuckerberg, que registrava US$ 82,4 bilhões no final da negociação normal de ações ontem. O bilionário era a quarta pessoa mais rica do mundo ontem, ao meio-dia, mas com seu patrimônio líquido atual, ele cai quatro posições e passa para o 8o lugar, de acordo com o ranking em tempo real da FORBES.
Depois das revelações de que a empresa de dados Cambridge Analytica coletou indevidamente informações de 80 milhões de usuários do Facebook, a rede social passou por meses difíceis, além de enfrentar audiências perante o Congresso dos EUA e o Parlamento do Reino Unido.
Para o segundo trimestre, o Facebook perdeu, diante dos analistas de Wall Street, as projeções de crescimento em receita e usuários ativos diários.
Apesar da grande queda de ontem, as ações ainda estão mais altas do que no dia 27 de março, dez dias após o primeiro anúncio da Cambridge Analytica, quando fechou em US$ 152,22 e Zuckerberg acumulava fortuna US$ 61 bilhões.
Brent Thill, diretor da Jefferies, que cobre tecnologia, disse que “o Facebook não entregou neste trimestre, mas que “continua otimista em relação às perspectivas de longo prazo”. De todas as vantagens, Thill acredita que o Instagram, comprado pelo Facebook por US$ 1 bilhão em 2012, ajudará a orientar o desempenho futuro.
Neste momento, Zuckerberg já ensaia uma recuperação e ocupa a 6a posição no ranking de bilionários da FORBES, com patrimônio de US$ 67,7 bilhões.