JetBlue decide trocar Embraer por Airbus

10 de julho de 2018
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Mais cedo, a Airbus anunciou que renomeou para A220 o modelo CSeries, da canadense Bombardier, que tem capacidade para de 110 a 130 assentos

A Airbus obteve uma importante vitória hoje (10), depois que a companhia aérea norte-americana JetBlue anunciou a compra de 60 jatos de corredor único A220-300, o primeiro grande pedido recebido para o modelo que anteriormente era chamado de CSeries e que vai marcar a substituição de aviões da Embraer operados pela empresa.

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Mais cedo, a Airbus anunciou que renomeou para A220 o modelo CSeries, da canadense Bombardier, que tem capacidade para de 110 a 130 assentos.

A Airbus assumiu o controle majoritário do deficitário programa de aeronaves da Bombardier. O negócio foi fechado em 1º de julho do ano passado.

“Nós sentimos que o 220 é perfeito para a nossa rede, estratégia e experiência de cliente, e, mais importante, para nossos controladores”, disse Steve Priest, vice-presidente financeiro da JetBlue, em entrevista por telefone. “É realmente a aeronave ideal para levar a continuidade de nosso programa de custos estruturados até a próxima década.”

O A220 substituirá a frota atual da JetBlue de 60 aviões E190, da Embraer, com os jatos deixando de operar a partir de 2020.

O triunfo do A220 sobre a Embraer prepara o terreno para uma competição acirrada entre a Airbus e a Boeing no mercado de aeronaves de corredor único. A Boeing anunciou na semana passada um acordo preliminar com a Embraer para controlar as operações de aviões comerciais da fabricante brasileira, sob uma nova joint venture de US$ 4,75 bilhões.

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“É uma decisão muito inteligente da parte da JetBlue porque o A220 é um avião extremamente flexível”, disse Henry Harteveldt, analista de frota do Atmosphere Research Group, acrescentando que se trata de um “avião completamente novo” com eficiência de combustível que permitiria à JetBlue transportar “mais 20 a 30 passageiros de graça”.

A JetBlue disse que a nova aeronave será montada nas instalações da Airbus no Alabama, Estados Unidos, mas não descreveu os detalhes financeiros do acordo.