LEIA MAIS: Dólar dispara e fecha em R$ 4,12
O dólar recuou 0,45%, a R$ 4,1044 na venda, acumulando na semana valorização de 4,85%, maior ganho semanal desde novembro de 2016. O dólar futuro recuava cerca de 0,25% no final da tarde.
Ele referia-se ao discurso do chairman do Federal Reserve, Jerome Powell, pelo qual afirmou que aumentos constantes da taxa de juros pelo banco central norte-americano são a melhor maneira de proteger a recuperação econômica dos Estados Unidos e manter o crescimento do mercado de trabalho o mais forte possível e a inflação sob controle.
Endossando a postura de política monetária do Fed poucos dias depois de o presidente dos EUA, Donald Trump, ter criticado as altas de juros, Powell usou o simpósio anual de Jackson Hole para “explicar hoje porque meus colegas e eu acreditamos que esse processo gradual… continua apropriado”.
Trump, em entrevista recente à Reuters, disse que não estava “animado” com Powell por causa dos aumentos de juros e que o Fed deveria ser mais expansionista e ajudar na atividade econômica.
No exterior, o dólar recuava ante uma cesta de moedas e também caía ante divisas de países emergentes, entre elas o peso mexicano.
A moeda norte-americana, entretanto, terminou bem longe da mínima do pregão brasileiro, quando superou 1% de desvalorização, a R$ 4,0723.
“A torcida do mercado continua pesando a favor do Alckmin. Isso quer dizer que ainda tem espaço para o dólar piorar”, afirmou o economista-chefe do Banco Fator, José Francisco Lima Gonçalves, ao justificar que muitos investidores foram às compras durante a tarde para se proteger no final de semana.
Nesta manhã, saiu nova rodada de pesquisa semanal da corretora XP Investimentos, mas mostrou poucas mudanças na preferência do eleitorado, com oscilações dentro da margem de erro e o candidato Jair Bolsonaro (PSL) mantendo a liderança na disputa em cenário sem a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no páreo.
O Banco Central brasileiro ofertou e vendeu integralmente 4,8 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, rolando US$ 4,32 bilhões do total de US$ 5,255 bilhões que vence em setembro. Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.