Intel vende US$ 1 bi em chips de IA em 2017

8 de agosto de 2018
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Conforme as vendas de computadores pessoais se estagnaram, a Intel tem cada vez mais direcionado suas vendas para centrais de processamento de dados, que fornecem capacidade de computação por trás de aplicativos

A Intel disse hoje (8) que vendeu US$ 1 bilhão em chips de inteligência artificial em 2017, na primeira vez em que a segunda maior fabricante de chips do mundo divulgou as receitas do segmento de computação, que também impulsionou expansões de vendas em rivais como a Nvidia.

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Conforme as vendas de computadores pessoais se estagnaram, a Intel tem cada vez mais direcionado suas vendas para centrais de processamento de dados, que fornecem capacidade de computação por trás de aplicativos. Esses aplicativos, por sua vez, contam com inteligência artificial para recursos como reconhecimento de foto e fala.

Mas os pesquisadores acreditam amplamente que os chamados processadores gráficos, como o da Nvidia, são mais adequados para “treinar” modelos de computadores de inteligência artificial que as unidades centrais de processador, ou CPUs, que têm sido a base da Intel há décadas.

Em evento para analistas de Wall Street, Navin Shenoy, chefe de processamento de dados, disse que a Intel conseguiu modificar seus processadores para se tornar mais de 200 vezes melhor em treinamento de inteligência artificial nos últimos anos.

Isso resultou em US$ 1 bilhão em vendas de seus processadores Xeon para essa finalidade em 2017, quando a receita total da empresa foi de US$ 62,8 bilhões.

Naveen Rao, chefe de produtos de inteligência artificial da Intel, afirmou que a estimativa de US$ 1 bilhão é de clientes que disseram à Intel que estavam comprando chips para inteligência artificial e de cálculos de quanto o processamento de dados de um cliente é dedicado a esse tipo de trabalho.

“Honestamente, é provavelmente muito maior, fomos conservadores”, disse Rao em entrevista à Reuters.

O número é importante porque as ações da Intel caíram no mês passado, após a empresa apresentar lucro abaixo das expectativas de Wall Street para os negócios de processamento de dados.

A Intel também disse, em seguida, que o lançamento da mais nova geração de chips seria adiado até 2020, reforçando as preocupações de analistas quanto à perda de participação de mercado para a Advanced Micro Devices.