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O mercado de câmbio doméstico também era influenciado pela pesquisa de intenção de votos do instituto Paraná Pesquisas que mostrou avanço de Jair Bolsonaro (PSL) e vitória contra Fernando Haddad (PT) em cenário de segundo turno. O levantamento Ibope, conhecido na parte da tarde, acabou não fazendo preço nos ativos.
“Havia algum temor de que o Fed poderia indicar mais aumentos dos juros no próximo ano, mas ele manteve a previsão de que devem ocorrer mais três novas altas em 2019”, explicou o economista-chefe da corretora Guide, Victor Candido.
Ao elevar a taxa de juros para o intervalo de 2,00% a 2,25% nesta tarde, o terceiro aumento em 2018, o Fed deixou sua perspectiva de política monetária para os próximos anos praticamente inalterada em meio ao crescimento econômico estável e a um mercado de trabalho forte no país.
A autoridade monetária previu mais um aumento em dezembro, mais três no ano que vem e um derradeiro em 2020.
Após o Fed, o dólar tinha leve alta ante a cesta de moedas e caía ante as divisas de países emergentes, como os pesos chileno e mexicano.
Antes do Fed, o dólar já exibia queda forte ante o real com reação ao levantamento de intenções de voto do instituto Paraná Pesquisas, conhecido ainda pela manhã, enquanto a pesquisa do Ibope, encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), não influenciou os negócios.
“O levantamento CNI/Ibope mostrou uma distância constante entre Bolsonaro e Haddad… mercado então continuou repercutindo a pesquisa de mais cedo”, comentou Candido.
Em uma simulação de segundo turno contra o petista, Bolsonaro venceria com 44,3% dos votos contra 39,4% de Haddad.
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“O mercado gostou da pesquisa porque mostrou Bolsonaro crescendo, não consolidando sua estagnação, e ainda acima de 30%”, explicou o operador da corretora Spinelli, José Carlos Amado.
O levantamento desta tarde do Ibope mostrou Bolsonaro com 27% das intenções de voto e Haddad com 21%, uma diferença de 6%, a mesma vista na pesquisa divulgada pelo instituto na segunda-feira (24), embora, naquela ocasião, Bolsonaro tivesse 28% e Haddad, 22%.
O mercado prefere alguém mais comprometido com o ajuste das contas públicas e tem jogado suas fichas recentemente em Bolsonaro, já que o preferido Geraldo Alckmin (PSDB) segue sem tração nas pesquisas.
Os operadores também citaram fluxo como justificativa para o recuo do dólar ante o real, além de um movimento de zeragem de posições compradas.
O Banco Central ofertou e vendeu integralmente nesta sessão 10,9 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares. O BC já rolou até esta sexta-feira (28) US$ 9,265 bilhões em swaps cambiais do total de US$ 9,801 bilhões que vencem em outubro.
Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.