LEIA MAIS: BC e Powell sustentam segunda queda seguida do dólar
Às 10:25, a moeda avançava 0,47 por cento, a R$ 3,8587 na venda, depois de acumular perda de quase 2% nos dois pregões anteriores. O dólar futuro operava em alta de 0,35%.
Ele se referia ao novo adiamento da votação, pelo Senado, do projeto de lei da cessão onerosa. Na véspera, o presidente da Casa, Eunício Oliviera (MDB-CE), disse que ainda não há entendimento. Integrantes do atual e do futuro governo discutem uma maneira de dividir parcela dos recursos a serem obtidos com a aprovação do projeto entre Estados e municípios.
Segundo Eunício, ainda há resistências por parte do governo atual, por entender que a medida poderia ferir o chamado teto de gastos. “O risco de o projeto de lei não poder ser alterado via MP poderia levar a alterações via emendas, o que levaria a atrasos para sua aprovação dado que o projeto retornaria à Câmara”, acrescentou a corretora XP Investimentos.
VEJA TAMBÉM: Dólar recua ante real com nova atuação do BC
A alta local do dólar também era influenciada pela formação da taxa Ptax de final de mês, usada na liquidação de diversos derivativos cambiais, amanhã (30), o que já trazia volatilidade aos negócios.
O movimento altista, entretanto, era contido pela trajetória externa da moeda, que cedia ante as divisas de países emergentes, como peso chileno e lira turca, ainda sob influência do discurso considerado dovish do chairman do Federal Reserve, Jerome Powell, na véspera, no qual indicou que os juros estão apenas “pouco abaixo” do nível neutro, fala que o mercado interpretou como um indício de que os juros nos Estados Unidos podem subir menos do que o previsto.
Ante a cesta de moeda, no entanto, o dólar abandonou a queda de mais cedo e subia, com investidores agora focando no encontro do G20, na Argentina, no final de semana, com a expectativa por um acordo comercial entre Estados Unidos e China.
E TAMBÉM: BC atua, dólar recua e termina abaixo de R$ 3,90
Na abertura, a fala de Powell da véspera, o mercado externo e o novo leilão de linha – venda com compromisso de recompra – pelo Banco Central aliviavam as cotações locais.
A autoridade fará seu terceiro leilão de linha nesta tarde, desta vez para rolagem do total de US$ 1,25 bilhão que vencem em 4 de dezembro. Nos dois anteriores, injetou novos recursos.