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A maior produtora de químicos do mundo, formada pela fusão no ano passado de US$ 130 bilhões da Dow Chemical e da DuPont, também anunciou que vai recomprar US$ 3 bilhões em ações nos próximos cinco meses.
A DowDuPont disse, no mês passado, que sua unidade agrícola, que produz sementes e pesticidas, registrou uma despesa não caixa de US$ 4,6 bilhões, já que os produtores de sementes enfrentam mudanças na demanda como resultado das tarifas comerciais.
A China, maior importadora de soja do mundo, reduziu as compras de soja dos EUA e está comprando do Brasil.
A mudança levou os agricultores brasileiros a plantar mais soja, em vez de milho. Alguns fazendeiros dos EUA podem fazer a escolha oposta na primavera.
A disputa tarifária pode prejudicar os negócios agrícolas da DowDuPont nos EUA no ano que vem, devido à maior produção de soja na América Latina, disse o vice-presidente financeiro, Howard Ungerleider, em uma entrevista.
Ainda assim, Ungerleider sugeriu que o impacto pode não ser imediato. “Não vemos nenhum impacto material das tarifas [comerciais] sobre nossos negócios no quarto trimestre”, disse ele.
As vendas gerais da DowDuPont subiram 10% para US$ 20,1 bilhões no terceiro trimestre.
As vendas de unidade agrícola aumentaram 2%, US$ 1,91 bilhão.
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Os custos de vendas, gerais e administrativos aumentaram quase 50%, para US$ 1,5 bilhão.
A DowDuPont, que está no processo de se separar em três companhias, disse que a cisão está caminhando. A divisão de ciência dos materiais, que se chamará Dow, deve ficar independente em 1º de abril.