Ecommerce dobra, despesa cai e Carrefour lucra 68% mais

8 de novembro de 2018

O Carrefour Brasil teve um salto no lucro líquido do terceiro trimestre, com sólido desempenho operacional e redução acentuada das despesas financeiras. A divisão brasileira do grupo varejista francês teve lucro ajustado de R$ 391 milhões de julho a setembro, alta de 67,6% sobre igual período de 2017, superando a estimativa média de analistas de R$ 386,5 milhões, conforme levantamento da Refinitiv.

Já o resultado operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado subiu 32,6% ano a ano, a R$ 991 milhões, com a margem Ebitda ajustada subindo 1,44 ponto percentual, para 7,8%. O grupo já tinha anunciado previamente alta de 8,1% nas vendas brutas do trimestre, para R$ 13,97 bilhões, confirmando inversão na tendência de deflação alimentar de quatro trimestres seguidos.

LEIA MAIS: Carrefour quer vender 5 bi de euros em orgânicos até 2022

No segmento de atacarejo, o Atacadão, o faturamento bruto saltou 11,2%, para R$ 9,5 bilhões. De julho a setembro, a companhia abriu quatro novas unidades do Atacadão, incluindo a conversão de um hipermercado Carrefour, além de dois atacados de entrega em Alagoas e Rondônia, elevando para 185 os pontos em operação. Mais sete lojas no formato tradicional devem ser inauguradas até dezembro.

“A contribuição da expansão vem aumentando consistentemente a cada trimestre este ano, decorrente da nossa decisão de acelerar as aberturas de lojas para 20 novas unidades por ano, contra 10 a 12 lojas anteriormente”, afirmou o conglomerado.

Na divisão Carrefour Varejo, as vendas brutas cresceram 2,2% no trimestre, para R$ 4,5 bilhões, refletindo a recuperação de hipermercados e o fortalecimento do comércio eletrônico, o canal de maior crescimento dentro da unidade.

O chamado gross merchandise volume (GMV), que mede o total vendido na plataforma online, incluindo transações de terceiros, saltou 106% ano a ano, com o marketplace representando 16% das vendas online.

No consolidado, os gastos gerais e administrativos subiram 4,3% no trimestre, a R$ 1,79 bilhão. Já as despesas financeiras encolheram 28,8% na comparação anual, para R$ 120 milhões, devido à redução de 42,4% no custo da dívida em meio aos juros mais baixos.

A varejista também reduziu em 5,7% os investimentos entre julho e setembro, para R$ 392 milhões, dos quais R$ 266 milhões para expansão e o restante em manutenção, reforma de lojas e tecnologia.

Em 25 de outubro, o GPA anunciou lucro líquido consolidado de R$ 138 milhões no terceiro trimestre, superando em 37% o montante apurado um ano antes, com alta de dois dígitos nas receitas.