EUA x China: aproxima-se uma nova guerra fria

6 de novembro de 2018

China entra em defesa de suas empresas em resposta às medidas impostas por Trump

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De acordo com Hedrick-Wong, o conflito entre os países de Trump e Xi Jinping não é apenas comercial

Os Estados Unidos e a China estão se aproximando de uma nova guerra fria, que teria implicações de longo alcance para a economia global. Foi o que disse o canadense Yuwa Hedrick-Wong, economista-chefe global da Mastercard, na Forbes Global CEO Conference (Conferência Global de CEOs FORBES) em Bangcoc.

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A deterioração nas relações entre os dois países é causada em parte pelo desejo dos líderes políticos norte-americanos de “reduzir a capacidade da China de crescer na economia global”, segundo Hedrick-Wong. O conflito não é apenas comercial, é “muito mais do que isso”, disse o CEO. A tensão entre os países ameaça derrubar a arquitetura do comércio global pós-Segunda Guerra Mundial, que já está em crise, afirmou ele.

Com a mudança no panorama, o novo cenário econômico global deve trazer uma realocação da estrutura das cadeias de suprimento, prevê Hedrick-Wong.

Na semana passada, relatórios apontaram que os EUA planejam adicionar tarifas a um imposto recém-implementado em meio à guerra comercial, se a reunião entre o presidente Donald Trump e seu colega chinês, Xi Jinping, não correr bem.

A China, segunda maior economia do mundo, sofreu uma enorme queda no número de bilionários e famílias bilionárias na lista dos mais ricos de 2018 da FORBES.

A 18ª Forbes Global CEO Conference atraiu cerca de 400 líderes empresariais de todo o mundo. A reunião foi realizada em um cenário de tumulto global e incerteza geopolítica. A conferência de Bangcoc foi realizada com o tema “The World Reboots” (“O Mundo se Reinicia”, em tradução livre). O encerramento aconteceu na última quarta-feira (31).