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Além disso, entre o segundo trimestre de 2014 e o primeiro trimestre de 2017, mulheres negras representaram a fatia com maior aumento absoluto na taxa de desemprego, uma variação de 8,8 pontos percentuais. Segundo o Ipea, a taxa de desemprego entre mulheres negras é 80% superior àquela encontrada antes do início da recessão de 2015-2016. Entre homens brancos, a variação no período foi de 4,6 pontos percentuais. Entre negros do sexo masculino, o desemprego cresceu 7 pontos percentuais no mesmo intervalo de tempo. A disparidade ocorre desde antes da queda do PIB em 2015-2016.
Na avaliação do Ipea, não foram encontrados discrepâncias muito grandes no comportamento da taxa de desemprego quando comparadas as mulheres brancas e negras, há uma pequena diferença de 0,2 ponto percentual na desocupação mas “não é significativa do ponto de vista estatístico”.
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“O mesmo pode ser dito em relação à diferença entre as mulheres brancas e os homens”, diz um trecho do estudo. “Não há diferença de resposta entre os dois grupos masculinos.”
“Assim mesmo, é possível notar um padrão de heterogeneidade entre os grupos semelhante ao verificado para a taxa de desemprego, isto é, com as mulheres negras experimentando um resultado mais adverso que os homens brancos, o mesmo se passando na comparação dos jovens com os adultos.”
Faixa etária
Jovens de 18 a 29 anos estão entre os mais afetados, com uma relação de 1,7 em relação à taxa geral de desemprego. Ou seja, a cada um ponto percentual de aumento na taxa de desemprego, há um avanço de 1,7 ponto percentual na desocupação desta faixa etária. Na faixa etária de 30 a 64 anos, a relação é de 0,7 ponto percentual, segundo o Ipea.
“Conhecer em que medida as oscilações da economia afetam o desemprego dos diferentes grupos socioeconômicos é uma tarefa importante, pois permite que se (re)desenhe a política pública de forma mais adequada às heterogeneidades desses grupos no mercado de trabalho”, afirma a pesquisa.