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A única diferença é que ele faz isso na frente de uma câmera. Um adulto, então, posta esses vídeos em seu canal do YouTube para seus milhões de seguidores, a maioria dos quais no ensino fundamental.
“Eu sou divertido e engraçado”, disse Ryan recentemente, em uma entrevista à NBC, ao explicar a popularidade que o levou a se tornar um minimilionário.
O pequeno faz parte da tendência do YouTube de “unboxing”, em que os criadores de conteúdo se exibem ao abrir brinquedos, produtos de tecnologia e outros bens de consumo, e contam suas impressões, que, no caso de Ryan, são gritos e risadas entusiasmadas ao ganhar mais um presente.
Em seu vídeo mais popular, ele abre ovos gigantes para encontrar os brinquedos da Disney Cars e Paw Patrol; em outro, ele brinca com uma boia inflável do desenho animado “Thomas e Seus Amigos” e faz uma bagunça que muitas das vezes é o pior pesadelo dos pais. Mas o que é uma pequena limpeza e arrumação para uma criança que já “paga” suas próprias contas?
O US$ 1 milhão restante vem de postagens patrocinadas. Esse valor em dólares é baixo comparado com o dinheiro ganho com conteúdo similar de outros YouTubers em nossa lista. Mas esse resultado não está relacionado ao que ele e sua família decidem ou não aceitar, mas à idade do menino, que ainda não permite com que ele faça propagandas de outros produtos.
O curioso é que a quantia de dinheiro que Ryan fez antes mesmo de completar 8 anos vem do fato de as crianças de hoje preferirem ficar na internet assistindo a outra brincar em vez de simplesmente se divertirem com os seus próprios brinquedos.
“Abrir caixas de brinquedos novos em frente às câmeras fornece a possibilidade de realmente experimentar a alegria em receber algo que você quer muito, e isso serve ainda mais para itens que estão fora de alcance ou inatingíveis”, diz Chas Lacaillade, fundador e CEO da Bottle Rocket Management, que representa muitos “unboxers”, mas não Ryan. “Experimentar o produto virtualmente por meio de outra pessoa faz com que você também o possua, que você também tenha a experiência de abrir a caixa daquele produto.”
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Quando não está na frente da câmera, Ryan vive como um minimagnata nos bastidores. Depois de assinar com o estúdio de entretenimento infantil Pocket.watch no ano passado, outros contratos começaram a aparecer. Em outubro, foi anunciado que o conteúdo de seu canal será reempacotado e distribuído no Hulu e na Amazon. Em agosto, ele lançou o Ryan’s World, uma coleção de brinquedos e roupas vendida exclusivamente no Walmart. A linha, que Ryan promove fortemente em seu canal no YouTube, apresenta uma variedade de “slimes and putties”, “action figures” seus, camisetas, carrinhos e muito mais.
“É muito legal”, diz Ryan, que é uma espécie de diretor de criação, ao ver seu rosto nos corredores do Walmart. Embora esses contratos não tenham afetado seus ganhos neste ano, eles provavelmente irão render mais alguns milhões em 2019.
Então, o que acontece se Ryan, amanhã, decidir que não quer mais transmitir suas aventuras com brinquedo para o mundo? Bem, seus gerentes e agentes podem não ficar muito felizes. Mas, quanto a Ryan, “ele tem dinheiro de sobra para viver bem o resto da vida”, diz Lacaillade.